Embora a Suécia tenha optado por evitar um confinamento oficial, mantendo os bares e restaurantes em normal funcionamento, é pouco provável que consiga evitar as consequências económicas da pandemia, segundo analistas.
“É muito cedo para dizer que poderíamos fazer melhor do que outros”, disse ao Financial Times – citado pelo Business Insider – Christina Nyman, ex-funcionária do Riksbank, banco nacional sueco. “No final, achamos que a Suécia acabará mais ou menos” como os outros países, acrescentou.
David Oxley, economista sénior da Capital Economics, disse que “a atividade económica na Suécia é sombria, talvez não tão sombria quanto noutros lugares, mas é ainda um declínio sem precedentes”.
A Suécia registou mais de 3.500 mortes por coronavírus, número pouco elevado quando comparado com as dezenas de milhares de mortes nos Estados Unidos (EUA). No entanto, a população da Suécia é menor, com pouco mais de 10 milhões, o que torna a taxa de mortalidade do país uma das mais altas.
Embora algumas empresas suecas tenham sido duramente atingidas, o impacto económico da pandemia no país – que tem um robusto sistema de assistência social -, provavelmente parecerá diferente de países como os EUA.
O epidemiologista-chefe da Suécia, Anders Tegnell, disse na semana passada que não antecipou a alta taxa de mortalidade. “Nós realmente nunca calculamos um número tão alto de mortos, devo admitir. Calculamos que mais pessoas estavam doentes, mas o número de mortes realmente nos surpreendeu”, referiu.
Micke Englund, proprietário de uma loja de discos em Estocolmo, disse ao Financial Times que embora a sua loja tenha permanecido aberta, os negócios caíram rapidamente 30%. “Durante alguns meses, funcionará. Mas depois disso será muito, muito difícil”, afirmou.
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