A França acordou este sábado chocada e revoltada com o rescaldo do mais grave atentado de sempre na capital francesa. Oito terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram seis locais, e provocaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos – 80 em estado grave
Os vários ataques simultâneos em Paris durante a habitual saída noturna de sexta-feira deixaram a cidade “em pânico” e um rasto de morte em diversos locais da capital francesa. Os oito atacantes, sete dos quais suicidas, morreram.
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques, em “vingança contra a intervenção da França na Síria”.
“A França envia diariamente os seus ataques aéreos contra a Síria. Hoje está a beber do mesmo cálice”, lê-se no comunicado da organização.
“Os franceses nunca vão esquecer este dia, como os americanos não esquecem o 11 de setembro”, declara a organização.
“Os próximos ataques vão atingir Washington, Londres e Roma“, avisa o grupo extremista no seu comunicado, divulgado pela Dabiq, magazine oficial da organização.
O presidente francês, François Hollande, que se encontrava no Estádio de França na altura dos ataques, declarou que os atentados foram “um ato de guerra” de “um exército terrorista”, e diz que a França “não se deixará impressionar pelo sucedido”.
“Vamos liderar o combate, que será impiedoso“, disse François Hollande em frente à sala de espectáculos Bataclan, onde mais de 100 pessoas foram abatidas a tiro, uma a uma, durante um concerto.
Um vídeo do Le Monde hoje divulgado mostra os momentos dramáticos em que alguns dos assistentes tentam fugir da sala de espectáculos saltando pelas janelas, enquanto no interior se ouvem os disparos dos atacantes a executar os reféns.
Images de la fusillade au Bataclan por lemondefr
A França acordou e está em guerra
Na sequência dos ataques da noite desta sexta-feira, os principais diários franceses descrevem esta manhã “a guerra em plena Paris“, “massacres em Paris” e “desta vez é a guerra” descrevendo todos “uma vaga de atentados sem precedentes”.
Na capa do “Le Parisien“, sob fundo negro de luto, lê-se “Desta vez é a guerra“, com uma fotografia a ocupar metade da página e a mostrar um cadáver no chão e outro numa maca, com os socorristas em plena ação.
“Vários ataques terroristas simultâneos no leste de Paris e à volta do Stade de France fizeram mais de uma centena de mortos ontem à noite. Face a esta vaga de atentados sem precedentes, François Hollande decretou o estado de emergência em todo o território e o fecho das fronteiras”, traz ainda o “Le Parisien” à primeira página.
Também sob um fundo negro de luto, o “Le Figaro” coloca na capa uma enorme fotografia da esplanada do café “La Belle Équipe”, no 11º bairro da capital, onde se veem vários cadáveres no chão, com o título “A guerra em plena Paris”.
“Uma série de ataques terroristas sem precedentes aconteceu ontem à noite em Paris e nos arredores do Stade de France, fazendo – de acordo com um balanço provisório estabelecido às duas horas da madrugada – pelo menos 120 mortos e vários feridos”.
“François Hollande anunciou à meia-noite que decretava o estado de emergência e restabelecia os controlos nas fronteiras”, escreve ainda na primeira página o diário.
No “Libération“, a fotografia de um ferido transportado por um guarda e por um jovem ocupa toda a capa, com o título em letras garrafais “Carnificina em Paris“.
A foto é acompanhada com a legenda “Sete ataques simultâneos em Paris e nos arredores do Stade de France fizeram pelo menos 120 mortos. Uma vaga de atentados sem precedentes”.
O editorial do “Le Parisien” comenta que “estes bárbaros de Deus, soldados de pacotilha cujo heroísmo consiste em matar inocentes, massacram de forma cega porque querem deixar a França em choque, paralisá-la, dividi-la”.
“Mas em nome dos verdadeiros mártires de ontem, as vítimas inocentes, e em nome da República, a França vai saber ficar unida e saber enfrentar”, conclui o texto do diário da capital francesa, que publica mais de uma dezena de páginas sobre os ataques, com vários testemunhos.
O editorial do “Libération”, intitulado “Unidade”, aponta que “a barbárie terrorista atingiu uma etapa histórica”, com “um massacre coordenado no coração de Paris, executado com uma determinação fria, com o objetivo de multiplicar as vítimas”, descrevendo “atentados suicidas ao modo iraquiano no Stade de France e uma carnificina no Bataclan”.
“A sociedade francesa deve armar-se de coragem para não ceder aos assassinos, para exercer a sua vigilância e vontade inabalável para enfrentar o horror, apoiando-se nos seus princípios de direito e de solidariedade”, diz o editorial.
“É impossível não ligar estes acontecimentos sangrentos aos combates em curso no Médio Oriente. A França desempenha lá um papel e deve continuar a sua ação sem pestanejar“, conclui o editorial de Laurent Joffrin.
O “Le Figaro” titula num dos artigos “o cenário tão temido pelas forças da ordem e pelos serviços secretos”, escrevendo que “todos os especialistas do terrorismo estavam à espera de um enorme ataque em França” e que “as forças da ordem se preparavam há muito tempo para este tipo de atentados com múltiplos alvos”.
O diário publica ainda uma lista das “medidas de segurança excecionais“, como o fecho das escolas este sábado, o cancelamento de todas as visitas de estudo, o encerramento dos museus, várias linhas de metro fechadas e, alegadamente, táxis gratuitos.
O Estado Islâmico tem razão, os franceses nunca mais esquecerão esta sexta-feira, 13 de Novembro de 2015.
ZAP / Lusa
E assim a III Guerra mundial foi acelerada….penso que agora é que vai ficar mais violento..
Pois. .. é por isso supremamente importante não lhes chamar estado islâmico . é melhor perder completamente o respeito e tratá – los por gang de malfeitores simplesmente. NÃO TÊM O DIREITO À SER EM CHAMADOS ISL AS MICOS…
ademais a existência de passaporte sírio debe ser da 1a vítima deles. .. Para associar aos refugiados. ..
continuo interessado em recriminar quem comprou petróleo a esses monstros. ..
As potências mundiais(Estados Unidos,Rússia,China,Inglaterra,Alemanha,França…)devem
decidida,coordenada e urgentemente acabar de vez com o auto intitulado Estado Islâmico!
A União Europeia está a introduzir voluntariamente o terrorismo na Europa!!! Porque é que os “imigrantes sírios,etc” não se dirigem para os países árabes (Arábia Saudita,Emirados…???!!!
Acho bem – até porque, pelo menos metade desses países, foram quem ajudou o ISIS a crescer (principalmente os EUA e o RU)…
Pois…
A França chora sempre lágrimas de crocodilo, uma nação que grita pela “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, mas por outro lado fabrica e comercializa armamento para destruír e arrasar vidas humanas e cidades em todo o planeta – Assim a França tornou-se refém de si mesma, com a sua política interna e externa a dar todos os passos errados e a criar novamente o possível cenário de uma nova Guerra Mundial. Mas a quem interessará isto?
Então “Desta vez é a guerra?” Mas não era já? Então porque estavam a bombardear a Síria?
A França decide bombardear a Síria com que direito? Se algumas notícias estão a dizer que ataque foi planeado por cidadãos radicais belgas, franceses, marroquinos e alguns luso descendentes ainda não estão fora da equação. Ou trata-se de um erro de tradução ou alguma coisa está errada nisto tudo?!? e sendo assim a data de hoje, Paz aos mortos de todas as nacionalidades mortos por cidadãos de todas as nacionalidades!
Além dos problemas que tens a geografia, história, sobressaem os da leitura, interpretação… Procura um conselheiro(a)