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Número de desempregados voltou a subir em todo o país

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Paulo Novais / Lusa

O número de inscritos nos centros de emprego nacionais voltou a aumentar em dezembro, com 85% dos concelhos de Portugal Continental a ver os seus níveis de desemprego aumentar desde o início da pandemia, revelou o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Apesar do recuo da recuperação económica, o desemprego registado – travado pelas medidas de incentivo à manutenção de emprego que o Governo disponibilizou às empresas – estava desde outubro de 2020 em queda.

Mas, no fim do mês de dezembro, o número de desempregados registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas subiu para 402.254 (60% de 582.926 pedidos de emprego), segundo os dados divulgados pelo IEFP.

Ainda de acordo com o mesmo relatório, foram registados mais 91.772 (29,6%) desempregados comparativamente ao mesmo mês de 2019 e mais 3.967 (1%) face ao mês anterior.

“No mês de dezembro de 2020, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país”, lê-se ainda no mesmo relatório.

Já em termos geográficos, e apesar de o desemprego registado ter aumentado em todas as regiões, a do Algarve foi a mais fustigada pelos impactos da pandemia no mercado de trabalho.

Dos 402.254 desempregados registados em Portugal, a maioria concentra-se na região Norte (150.308), à qual se segue a região de Lisboa e Vale do Tejo com 125.213 desempregados e a região Centro com 50.576.

Nos últimos dez meses, a pandemia provocou uma acentuada subida do desemprego nacional que teve o seu maior aumento em abril, o primeiro mês completo de confinamento no país, relata o jornal Expresso.

Nessa altura, o número de desempregados registados nos centros de emprego aumentou em mais de 49 mil indivíduos em cadeia, ou seja face ao mês anterior, totalizando 392.323 desempregados.

A análise ao perfil dos desempregados inscritos por grupo profissional demonstra que os trabalhadores não qualificados (25,1%) foram os mais sacrificados com o aumento do desemprego registado em dezembro.

A seguir na lista estão os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (22,2%), o pessoal administrativo (11,4%), os especialistas das atividades intelectuais e científicas e os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices, com aumentos de 10,4% e 10,3%, respetivamente.

Gráfico IEFP – Desemprego registado por grupo de profissões

No último mês de 2020, o número de novas inscrições registadas nos serviços públicos de emprego totalizou 44.030, cuja maioria (56,4%) indicou como motivo da inscrição o fim de um contrato de trabalho não permanente.

Além disso, 13,8% foram despedidos e 7,8% são ex-inativos. Os despedimentos por mútuo acordo representaram em dezembro 3,4% dos novos inscritos nos centros de emprego do continente.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

2 Comments

  1. A democracia xuxalista tem destas coisas. Existem locais onde se vão inscrever os desempregados aos quais chamam de Centro de Emprego! Não conheço ninguém que tenha arranjado emprego no Centro de Emprego!! Porque é que não chamam “os bois” pelos nomes? Esses locais são Centro de Desemprego!! Por acaso um chama-se stand de automóveis a um local onde de vendem bicicletas??

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