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Deputada escocesa detida após viajar de comboio sabendo que estava infetada

Independenista / Wikimedia

Margaret Ferrier

Margaret Ferrier, deputada do Partido Nacional Escocês, foi detida pela polícia e acusada de violar as restrições impostas para travar a pandemia de covid-19.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a polícia da Escócia disse que Margaret Ferrier, de 60 anos, foi acusada “em conexão com suposta conduta culpada e imprudente” por não ter cumprido os regulamentos que limitam viagens e o contacto social.

Apesar de ter sintomas e de ter feito um teste ao coronavírus, Ferrier viajou para Londres e interveio na Câmara dos Comuns no debate sobre a pandemia, mas no fim do dia recebeu a notícia de que o teste tinha sido positivo e decidiu regressar a casa de comboio na terça-feira.

Ferrier, que foi suspensa do grupo parlamentar do SNP, disse ter informado voluntariamente a polícia sobre o que fez, e que se encontraca em confinamento em casa, mas admite que não devia ter viajado para Londres após ter registado sintomas nem viajado para Glasgow após saber que tinha covid-19.

Num breve comunicado, a polícia escocesa adiantou que “prendeu e acusou uma mulher de 60 anos por suposta conduta culpada e imprudente”. “Isso ocorre após uma investigação completa da Police Scotland sobre uma alegada violação dos regulamentos do coronavírus entre 26 e 29 de setembro de 2020. Um relatório será enviado ao procurador fiscal e não podemos comentar mais.”

Ferrier desculpou-se profusamente após as suas viagens terem vindo a público e disse que assumiu total responsabilidade pelas suas decisões. “Apesar de me sentir bem, deveria ter me isolado enquanto esperava o resultado do meu teste e lamento profundamente minhas ações”, disse.

A deputada encontra-se agora pressionada, incluindo pela primeira-ministra da Escócia, para apresentar a sua demissão.

O Reino Unido é um dos países mais atingidos pela pandemia. Mais de 2,7 milhões de britânicos foram infetados pelo vírus e cerca de 75 mil morreram. Boris Johnson decretou na segunda-feira um novo confinamento de seis semanas para conter a aceleração da pandemia de covid-19, incluindo o encerramento das escolas até pelo menos 5 de fevereiro.

Maria Campos, ZAP //

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