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Critérios para a realização de testes à covid-19 podem ser alargados

Ennio Leanza / EPA

Esta segunda-feira, Marta Temido confirmou que o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde estão a estudar o possível alargamento dos critérios para a realização de testes à covid-19. “Não podemos deixar cair o número de testes”, sublinhou a ministra.

O Ministério da Saúde está a avaliar junto da Direção-Geral da Saúde (DGS) o possível alargamento dos critérios para a realização de testes de diagnóstico ao novo coronavírus no rastreio de contactos, revelou esta segunda-feira a ministra Marta Temido.

“Neste momento, os testes são sobretudo preconizados para os contactos de alto risco e aquilo que pedimos que fosse avaliado tecnicamente era a possibilidade de o teste ser mais abrangente, independentemente do risco do contacto”, afirmou a governante numa conferência de imprensa, na qual fez um ponto de situação sobre o plano de vacinação contra a covid-19, após uma reunião, por videoconferência, com a task force para o plano nacional de vacinação contra a covid-19.

Portugal atingiu em janeiro um máximo de testes, que chegou a ultrapassar “os 77 mil num determinado dia”, segundo a ministra da Saúde, que reiterou que a posição do Ministério é a de que “não podemos deixar cair o número de testes”, mesmo perante um abrandamento da situação epidemiológica no país.

“Sabemos que um número elevado de testes é a melhor forma de garantir que mesmo com uma epidemia que parece estar a decrescer, nós continuamos a detetar o mais precocemente possível todos os casos”, frisou, sublinhando: “Temos de intensificar o esforço do lado da oferta para continuar precocemente a identificar muitos casos”.

Por outro lado, Temido assegurou que o país já está a responder de forma mais positiva ao nível dos inquéritos epidemiológicos, depois de uma parte significativa de doentes não ter sido alvo de contacto na pior fase da pandemia, em janeiro.

Com o decréscimo do número de casos, a governante perspetivou mesmo “algum alívio” ao nível dos inquéritos epidemiológicos e do rastreio de contactos.

“Tem sido feito um esforço muito significativo ao nível das regiões para melhorar os tempos de resposta com a mobilização de modelos colaborativos de realização de inquéritos, ou seja, num primeiro contacto as pessoas podem ser contactadas por um profissional que está formado para o efeito, mas que depois passa o trabalho – se for necessário – a outro colega. Isso permitiu-nos melhorar bastante o nível de pendências”, explicou.

Marta Temido finalizou a conferência assinalando o “aumento da vacinação nas próximas semanas, e apontando que o “incremento na testagem, mesmo que a epidemia esteja a baixar”, e à melhor resposta possível aos doentes que precisam de cuidados de saúde, sem esquecer a recuperação das “respostas não covid o quanto antes”.

De acordo com dados cedidos ao ECO, em janeiro, Portugal realizou mais de 1,6 milhões de testes, incluindo PCR e testes rápidos, o que representa cerca de 22% dos exames realizados desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia e até 31 de janeiro, foram realizados em Portugal mais de 7,3 milhões de testes à covid-19, entre testes moleculares PCR e testes rápidos de antigénio.

ZAP // Lusa

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