Depois dos dois primeiros casos confirmados de doentes com coronavírus em Portugal, a directora-geral de Saúde anunciou que os Hospitais de São João e de Santo António, no Porto, tinham esgotado a sua capacidade para acolherem suspeitos da infecção, mas o Ministério da Saúde vem negar essa informação.
A responsável da Direcção Geral de Saúde (DGS), Graça Freitas, anunciou durante o programa “Prós e Contras” da RTP1 que os Hospitais de Santo António e de São João, no Porto, “esgotaram a capacidade” para acolherem pessoas com suspeitas de terem a infecção. Isto depois de os dois únicos casos confirmados de coronavírus em Portugal terem sido identificados no Porto.
Mas o Ministério da Saúde vem contradizer Graça Freitas, salientando, num comunicado enviado às redacções, que “os Hospitais de São João e Santo António mantêm a sua capacidade de resposta ao Covid-19“.
O Ministério reforça que também foram activadas “outras unidades da Região Norte (Hospital de Braga, Unidade Local de Saúde de Matosinhos e Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa)” para acolherem situações relacionadas com o covid-19.
A DGC confirma, até agora, apenas dois casos de doentes com o covid-19 em Portugal. Na segunda-feira à noite, a TVI24 anunciou que haveria mais dois casos com resultados positivos, mas essa informação não é confirmada pela DGS.
Entretanto, o Governo anunciou que a Segurança Social vai garantir o salário por inteiro aos trabalhadores do público ou do privado que precisem de ficar em isolamento por causa do vírus.
Dinheiro vivo pode espalhar o vírus
O balanço mundial quanto ao coronavírus está agora em 90.306 pessoas infectadas, 3.087 mortes e 45.707 pessoas curadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
Entretanto, a OMS alerta que o vírus se pode propagar através de dinheiro vivo, especialmente notas que possam “mudar de mãos frequentemente”. Em declarações ao Daily Telegraph, um responsável da OMS destaca a importância de “lavar as mãos” depois de mexer em dinheiro e de evitar tocar na cara.
Além disso, recomenda que se utilizem “pagamentos contacless, para reduzir o risco de transmissão”.
Por todo o mundo, estão a ser cancelados eventos de modo a reduzir os riscos de propagação do vírus. Em Portugal, não se está a verificar o mesmo, mas vários grupos de peregrinos já cancelaram deslocações até Fátima.
A Conferência Episcopal Portuguesa recomenda que os fiéis recebam a comunhão na mão e que se omita, enquanto continuar a situação de risco, o gesto da paz nas eucaristias.
Em Itália, o Papa Francisco foi submetido a um teste para o novo coronavírus, a título de precaução, uma vez que está constipado há vários dias, mas os resultados deram negativo.
Em Espanha, o número de doentes com coronavírus já vai em 120, 46 deles em Madrid. O Governo está a ponderar encerrar escolas e restringir eventos que juntem muita gente, bem como limitar a circulação pública em zonas com focos do vírus.
Entretanto, com vários países a confirmarem os primeiros casos de coronavírus, a China anuncia um abrandamento no número de novos casos de doentes. Várias cidades chinesas continuam sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, mas a prioridade dos responsáveis do país é, agora, evitar a “importação” de novos casos do vírus, algo que já está a acontecer, com pacientes que terão sido infectados em Itália.
Reunião extraordinária da Protecção Civil
O ministro da Administração Interna convocou para o fim desta tarde uma reunião extraordinária da Comissão Nacional de Protecção Civil para abordar as diferentes dimensões da coordenação estratégica relacionadas com o novo coronavírus.
Em comunicado, o gabinete do ministro Eduardo Cabrita avança que a reunião, que vai decorrer às 19 horas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, vai contar com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.
A Comissão Nacional de Protecção Civil é presidida pelo ministro da Administração Interna, competindo-lhe, entre outros, adoptar mecanismos de colaboração institucional entre todos os organismos e serviços com responsabilidades no domínio da protecção civil, bem como formas de coordenação técnica e operacional entre os mesmos.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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Afinal onde ficamos?? Por este tipo de situações podemos verificar que alguém fala verdade e alguém está a mentir p/ não colocar a população em pânico.
O importante a reter aqui é o problema do dinheiro vivo. Circular em transportes públicos, frequentar locais públicos, ir aos shoppings e hipermercados não tem problema. Problema mesmo é o dinheiro vivo… A malta compreende…
Lamento que não se tenham encerrado as visitas de estudo das escolas a órgãos oficiais, por exemplo, ao Parlamento, bem como todas as visitas de estudo no país ou, para fora dele. Há planos de contenção já aplicados lá fora que já deveriam ter sido accionados. Por exemplo, na escola Azevedo Neves na Amadora estão todos os regressados de Itália em isolamento? Ou é para ser um foco? Obrigada
Já agora, de uma vez por todas . Vamos morrer do virús ou da cura ??
Acabei de vir de consulta do Hospital de S. José , mais conhecido agora Hospital Lisboa Central , e não é que uma das casas de banho dos doentes , no piso 1 , junto ao balcão 86 e 87 nas marcações de consultas , não tem sabão , nem detergente para lavar as mãos , nem tão pouco ,o mais caricato , nem indícios de
alguma ter sido instalado . Já agora vale a pena pensar nisto …..
Com esta me vou !!! Responda quem souber……
JF
O Costa foi ao Hospital de S. João e veio de lá todo animado
Não toquem em dinheiro vivo! Todo o dinheiro que tiverem podem entregar-me que eu guardarei em local hermético.
É preciso muito cuidado com o dinheiro vivo. O melhor é depositá-lo em off-shores…!