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Costa entrou em “modo avestruz” e Cabrita é uma “mancha”. Líder do CSD não poupa nas críticas

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Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

Francisco Rodrigues dos Santos fez duras críticas ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro da Administração Interna, Eduarda Cabrita.

O presidente do CDS-PP disse que o primeiro-ministro entrou “em modo avestruz no caso João Galamba” referindo-se a uma publicação deste secretário de Estado no Twitter, entretanto apagada, sobre um programa da RTP.

João Galamba ofendeu o jornalismo através de um órgão de comunicação social e de uma jornalista e, perante isto, o primeiro-ministro decidiu encolher os ombros e entrou em modo avestruz e não tirou dali nenhuma consequência e não teve, sequer, a humildade de substituir este governante reconhecendo o erro na escolha”, afirmou o líder centrista no jantar do Conselho Nacional da Juventude Popular (JP).

Falando em “impunidade assumida, sem pejo e sem qualquer vergonha por parte do PS”, Francisco Rodrigues do Santos afirmou que o PS “tem cada vez mais tiques comunistas”, nomeadamente “controlando e ofendendo a comunicação social, como no caso João Galamba, atacando a propriedade privada, como em Odemira, e violando a dignidade da pessoa, como no caso dos trabalhadores agrícolas”.

O líder centrista recordou o caso de João Soares, antigo ministro da Cultura que pediu a demissão do cargo em 2016, depois de escrever na sua página de Facebook que estava a dever “duas bofetadas salutares” a dois cronistas do Público.

“Nessa altura, António Costa disse que nem à mesa de café os governantes deixam de ser governantes e pediu desculpa aos visados”, recordou.

Contudo, no caso do secretário de Estado João Galamba “não fez nada”, vincou Francisco Rodrigues dos Santos.

De acordo com os media, o secretário de Estado escreveu na rede social Twitter, no sábado passado, o seguinte: “Lamento, mas estrume só mesmo essa coisa asquerosa que quer ser considerada ‘um programa de informação'”, aludindo ao programa “Sexta às 9”, da RTP1.

Apesar de ter sido apagado, o controverso tweet continua visível nas redes sociais numa captura de ecrã feita pelo utilizador a quem João Galamba o dirigiu e que foi divulgada por vários meios de comunicação.

No domingo, a direção de informação da RTP repudiou as palavras de João Galamba, considerando que “atentam contra o bom nome da RTP e da sua jornalista Sandra Felgueiras” e desrespeitam a liberdade de informação.

Na segunda-feira, o ministro do Ambiente admitiu que o seu secretário de Estado adjunto e da Energia usou “linguagem desajustada” para criticar um programa de informação, mas considerou que o próprio João Galamba o reconheceu ao apagar o seu comentário.

“Para mim, o assunto está encerrado. Não acho, de facto, e sobretudo parece-me evidente que [João Galamba] também não acha, que esta seja a melhor forma de fazer comentários”, referiu João Pedro Matos Fernandes, argumentando que “o comentário, de uma linguagem desajustada, foi imediatamente retirado e isso corresponde ao arrependimento de quem fez o comentário”.

Cabrita é uma “mancha no nome de Portugal”

Por outro lado, Francisco Rodrigues dos Santos, reiterou que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, “é uma mancha no nome de Portugal e absolutamente incompetente nas suas funções”.

“Eduardo Cabrita é uma mancha no nome de Portugal, dá mau nome a este Governo e é absolutamente incompetente nas suas funções”, afirmou o líder centrista num jantar do Conselho Nacional da Juventude Popular (JP), em Matosinhos, no distrito do Porto.

Referindo-se aos incidentes ocorridos nos festejos do Sporting como campeão nacional, na terça-feira, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “a falta de planeamento e de responsabilidade não é, naturalmente, das forças de seguranças, não é dos adeptos, mas sim do MAI [Ministério da Administração Interna] para não variar”, frisou.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, o Ministério da Administração Interna (MAI) tem como ministro “alguém que tem um toque de midas invertido, ou seja, onde toca dá disparate, dá asneira, dá mau resultado”.

Enquanto o líder do CDS-PP falava, os jovens participantes no jantar gritavam em alta voz “demissão”.

“Será preciso o Presidente da República fazer um desenho a António Costa para perceber o que vocês estavam a gritar, que este ministro tem de se demitir”, questionou, voltando a exigir a demissão do ministro.

Francisco Rodrigues dos Santos sublinhou que Eduardo Cabrita sabendo que iria haver a comemoração de um clube que não era campeão nacional há 19 anos tinha de “fazer, prever e planear”.

O Sporting sagrou-se na terça-feira campeão português de futebol pela 19.ª vez, 19 anos após a última conquista.

Durante os festejos, milhares de pessoas concentram-se junto ao estádio, quebrando todas as regras do estado de calamidade em que o país se encontra devido à pandemia de covid-19, em que não são permitidas mais de dez pessoas na via pública, nem o consumo de bebidas alcoólicas na rua.

A maioria dos adeptos não cumpriu também as regras de saúde pública ao não respeitar o distanciamento social, nem o uso obrigatório de máscara.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Emgraçado, o “partido náufrago” que devia estar neste momento preocupado em se salvar anda ocupado com os que já estão salvos! Abram os olhos.

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