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Coreia promete destruir em “pedaços de metal fundido” o submarino nuclear americano

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U.S. Pacific Fleet / Flickr

Mergulhadores das forças especiais Navy Seals nadam de regresso ao submarino USS Michigan após uma operação

Mergulhadores das forças especiais Navy Seals nadam de regresso ao submarino USS Michigan após uma operação

O submarino USS Michigan da Marinha dos EUA, que chegou este sábado ao porto sul-coreano de Busan, pode ter um “final triste”, se Washington tiver alguma “atitude provocatória”.

Num artigo para o portal norte-coreano Uriminzokkiri, “Compatriotas da Nossa Nação”, o autor diz que se o submarino fizer alguma coisa, “nem será capaz de subir à superfície, e enfrentará um triste final“.

O portal norte-coreano destaca que, no caso de uma ameaça militar, Pyongyang irá activar as suas forças de contenção nuclear – e os porta-aviões nucleares, submarinos e outras armas americanas “serão destruídas em pedaços de metal fundido“.

USS Michigan, um submarino classe Ohio movido a energia nuclear e armado com mísseis de cruzeiro, foi enviado para a península coreana pelos Estados Unidos como forma de pressionar o governo da Coreia do Norte a desistir do seu programa de armamento nuclear.

O submarino foi projectado originalmente para transportar ogivas nucleares, mas em 2004, foi modificado e convertido para usar mísseis de cruzeiro. A embarcação tem capacidade para lançar até 154 mísseis Tomahawk, com um alcance de quase 2 mil quilômetros.

Os 22 tubos lançadores do USS Michigan podem também ser usados para lançar outro tipo de cargas, como mini-submarinos autónomos (UUVs), drones ou aeronaves não tripuladas (UAVs) e equipamento de suporte às forças especiais da marinha norte-americana. A embarcação está preparada para transportar até 66 Navy Seals em operações especiais.

De acordo com o autor do artigo, as declarações dos EUA sobre a sua prontidão para tomar quaisquer medidas em relação à Coreia do Norte mostram que Washington se está a preparar para executar um cenário estratégico no qual a guerra pode começar a qualquer momento.

Já este domingo, terminaram os exercícios militares conjuntos de grande escala de Seul e Washington, nos quais participaram 290 mil militares sul-coreanos e 9,7 mil norte-americanos. Estas manobras realizam-se após o lançamento de mais um míssil efectuado por Pyongyang.

Com 21 dias de atraso, porta-aviões chega à Península

O porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson chegou este sábado às águas da Península Coreana, com um atraso de 21 dias em relação ao que foi prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou a agência sul-coreana Yonhap.

De acordo com a Marinha da Coreia do Sul, os exercícios militares conjuntos com a embarcação dos EUA focaram-se especificamente na monitorização e intercepção de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) da Coreia do Norte.

Na sexta-feira, Pyongyang realizou um teste com mísseis, que acabou por resultar num fracasso, de acordo fontes da inteligência com a inteligência sul-coreana.

Os exercícios com o USS Carl Vinson terminaram este domingo, mas deverão ser retomados a partir de terça-feira, o que, a confirmar-se, será a segunda operação da embarcação norte-americana em águas coreanas em menos de dois meses, algo inédito até agora.

No início desta semana, o mesmo navio de guerra dos EUA – capaz de transportar quase 100 aviões militares e com uma enorme variedade de mísseis no seu arsenal – realizou exercícios conjuntos com a Marinha do Japão.

O USS Carl Vinson tornou-se motivo de troça depois de Trum ter garantido, no dia 8 de abril, que ia enviar “uma poderosa arma” para a Península Coreana. Contudo, o supercarrier norte-americano manteve a sua rota para outra direção, o que gerou um mal-estar tanto na Casa Branca quanto entre os seus aliados.

Entretanto, o governo norte-coreano garante ser capaz de destruir a embarcação com um único ataque. Este domingo, a agência de notícias norte-coreana KCNA fez a primeira referência ao USS Carl Vinson, chamando o governo dos EUA de “imperialistas” e os rivais da Coreia do Sul de “fantoches”.

13 Comments

  1. Enfim, os americanos e a sua fome de guerras. Até hoje não vi a RPDC fazer outra coisa senão defender-se das ameaças e provocações americanas. A RPDC é um Estado soberano e pode, se assim quiser, ter um programa nuclear, como têm os EUA, a Rússia, a China, etc, etc. Face às ameaças constantes e ao historial dos americanos na península coreana (basta recordar o massacre de Sinchon), a RPDC mais não faz que defender-se. O que se passa no país é com os coreanos… também não vi os coreanos meterem-se nos assuntos internos dos EUA, por exemplo, quando estes violam os direitos humanos (basta lembrar as violações dos direitos civis, Guantanamo, etc, etc). Eu cá se me viessem pôr submarinos à porta para me destruírem a casa toda também ficava indignado, ora essa!

    • Quase tudo certo, mas convém não esquecer que a Coreia do Norte (agora comandada por este porquinho demente que estudou na Suíça!) é uma ameaça para o mundo e, principalmente, para o seu próprio povo!!
      O Trampa também é uma ameaça para o mundo, mas, pelo menos, nos EUA ainda há algum contra-balanço de poderes e não está tudo não mãos de um louco como no casos deste porquinho da Coreia!…

      • Olhe que é tão perigoso trump como o homem da Coreia do Norte. Aliás para mim neste momento é mais perigoso Trump e a sua batalha para destruir a Comunidade Europeia. Ele não quer que mais ninguem tenha poder, seja militar seja economico. É por essa razão um homem perigoso e que devemos recear. Além de que se os Estados Unidos atacarem a Coreia do norte acredito que eles vão reagir com armas nucleares e aí mesmo que não destruam um unico submarino ou porta aviões americano todos nós iremos sentir a radiação por muitos séculos.
        Isso devia preocupar todo o mundo e ser argumento para que todos pensemos mais em recorrer á negociação pacifica do que a demonstrações de força que prejudicam todos…..

      • E tu achas que o porquinho manda alguma coisa. Os EUA que tratem do país deles, os maiores assassinos mundiais…

  2. Comentário: Aconselho a visualização de um filme sobre a Coreia do Norte chamado Under the Sun, para perceberem porque é que este tipo de regimes têm de cair. De resto, muitos dos comentários que leio sobre esta matéria​ é de gente que, se gerir as próprias vidas com a assertividade com que gerem o seu pensamento e consequentes respostas nas redes sociais, é facilmente perceptível porque não são valorizados. Têm direito a pronunciarem-se mas tendo reflectido um pouco, sem ser simplista a julgar. Tenho dito.

  3. olha lá ó zeca se o teu vizinho te andasse a ameaçar sempre que te destroi ( o caso da corei sempre a ameaçar a américa) tú também pensavas , vou me antecipar porque um dia ele vai mesmo fazelo, e aliás se não fosse a àmérica o mundo era um caos, guerras economicas é outra coisa é como os negoçios, cada um tenha olho aberto, prefiro americanos do que russia, venezuela, coreia do norte, o maluco do trump, está de baixo de um senado, que não o deixa fazer nada sem eles aprovar, mas o outro acorda mal disposto e arrebenta com tudo.

  4. Se bem me recordo o Sadam no Iraque também se armou em fanfarrão e os americanos deram-lhe demasiada atenção convencidos de que este também teria um arsenal nuclear por fim para demonstrar a sua valentia caiu na asneira de invadir o Kweit o que lhe foi fatal para que os americanos tivessem caído sobre ele sem contemplações o que levou a uma derrota estrondosa e por fim à condenação deste à forca por parte dos inimigos internos que entretanto ocuparam o poder no país, aqui parece-me que o Kimzinho da Coreia risca de enveredar pelo mesmo caminho ao estar constantemente a desafiar e provocar os americanos.

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