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Coreia do Norte ameaça afundar o porta-aviões americano Carl Vinson

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(dv) KCNA / YONHAP

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

No que é o último episódio da crescente tensão entre os EUA e a Coreia do Norte, as Forças Armadas coreanas mostraram-se prontas a combater e ameaçaram afundar o navio americano USS Carl Vinson para mostrar o seu poderio militar.

Os Estados Unidos e o Japão iniciaram este domingo manobras militares conjuntas no oeste do Pacífico. A operação acontece num momento de forte tensão entre os EUA e a Coreia do Norte, e Pyongyang ameaça agora afundar o porta-aviões que lidera a frota americana que se aproxima das suas costas.

“As nossas forças revolucionárias estão prontas para o combate, estamos prontos a afundar o porta-aviões americano com um só golpe“, escreve o jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia, Rodong Sinmun, citado pela Reuters.

O autor do artigo compara o porta-aviões americano a um “animal obeso” e declara que o ataque contra o Carl Vinson será um “exemplo do poder militar” da Coreia do Norte.

Há duas semanas, o presidente Donald Trump ordenou o envio da frota para a região, após diversas provocações do regime de Kim Jong-un, para realizar exercícios navais na região, que vão durar vários dias. Washington não deu informações sobre o local exacto no Pacífico em que a frota se encontra, mas estará a dirigir-se para a península coreana.

Entretanto, os contratorpedeiros japoneses Ashigara e Samidare juntaram-se à frota americana, comandada pelo super-porta-aviões a propulsão nuclear Carl Vinson. Tóquio pretende desta forma mostrar solidariedade com Washington face à escalada de tensão entre os EUA e a Coreia do Norte.

U.S. Navy

A frota de ataque do porta-aviõies norte-americano USS Carl Vinson com os contra-torpedeiros japoneses Ashigara e Samidare

A frota de ataque do porta-aviõies norte-americano USS Carl Vinson com os contra-torpedeiros japoneses Ashigara e Samidare

Segundo alguns analistas, Pyongyang estará prestes a realizar um 6º teste nuclear. A chegada da frota norte-americana à península poderia coincidir com o 85° aniversário da criação do Exercito Popular da Coreia, na terça-feira, que Kim Jong-un poderá aproveitar para fazer mais uma demonstração de força.

A escalada de tensão alcançou um nível já considerado por alguns analistas como a maior ameaça nuclear em 50 anos. O The New York Times classificou-a como uma “Crise dos Mísseis de Cuba em câmera lenta”.

“Quando as ambições nacionais, o ego pessoal e um arsenal mortífero se misturam, as possibilidades de erro de cálculo multiplicam-se”, disse o jornal.

Já o jornal britânico The Guardian diz que “neste momento, a maioria das armas nucleares do mundo estão nas mãos de homens para quem a ideia de as usar deixou de ser uma coisa impensável”, numa referência a Kim Jong-um, Donald Trump e Vladimir Putin.

Nas últimas semanas, o Relógio do Apocalipse avançou mais alguns segundos – provavelmente muito mais depressa do que seria desejável.

ZAP // Sputnik News / BBC / RFI

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