O grupo de cientistas responsável pelo “Relógio do Juízo Final” diz que o mundo se aproximou do apocalipse no último ano, perante um cenário de segurança que se vem tornando obscuro e dos comentários do novo presidente americano, Donald Trump.
O Boletim dos Cientistas Atómicos moveu o ponteiro do relógio Doomsday, que simboliza quão próximos estamos de uma hecatombe, dos três minutos para os dois minutos e meio antes da meia-noite – e quanto mais perto das 00:00h, mais iminente está o fim do mundo, na avaliação dos responsáveis pela organização.
Este é o valor mais próximo que o relógio chegou da meia-noite desde 1953, altura em que o ponteiro foi movido para os dois minutos, em plena Guerra Fria, devido aos testes com a bomba de hidrogénio realizados pelos EUA e pela Rússia.
Num relatório divulgado esta quinta-feira, o BCA diz que as declarações de Donald Trump a minimizar as mudanças climáticas, a expansão do arsenal nuclear dos Estados Unidos e as dúvidas acerca das agências de inteligência contribuíram para o aumento do risco global de uma hecatombe.
A directora executiva do BCA, Rachel Bronson, pediu aos líderes mundiais que “acalmem mais do que alimentem as tensões que podem levar à guerra”.
O que é o Relógio do Juízo Final?
O ponteiro dos minutos do “Doomsday Clock” é uma metáfora de quão vulnerável à catástrofe o mundo se encontra.
O dispositivo simbólico foi criado pelo Boletim dos Cientistas atómicos em 1947. A organização tinha sido fundada na Universidade de Chicago, em 1945, por um grupo de cientistas que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atômicas.
Actualmente, o colectivo inclui físicos e cientistas ambientais de todo o mundo, que decidem como ajustar o relógio após consultar também o Conselho de Patrocinadores do grupo – que inclui 15 prémios Nobel.
Por que se moveu meio minuto?
Nos últimos dois anos, o ponteiro do Relógio do Juízo Final permaneceu fixado em três minutos antes da meia-noite. Mas o BCA diz que o perigo de desastre global é maior em 2017, e decidiu mover o marcador 30 segundos para a frente.
“Os comentários perturbadores sobre o uso e proliferação de armas nucleares feitos por Donald Trump, bem como a descrença no consenso científico sobre a mudança climática do novo presidente dos EUA e de vários dos nomeados para o seu gabinete, assim como o surgimento de nacionalismo estridente em todo o mundo, influenciaram a decisão.”
Outros factores listados no relatório do Boletim dos Cientistas Atómicos incluem dúvidas sobre o futuro do acordo nuclear do Irão, ameaças à segurança cibernética e o surgimento de notícias falsas.
A organização decidiu mover o ponteiro em menos de um minuto – algo que nunca tinha feito antes – porque Trump só recentemente assumiu o cargo e muitas das suas nomeações ainda não estão em funções no governo.
Como a ameaça se compara aos anos anteriores?
Quando foi criado, em 1947, os ponteiros do relógio estavam em 7 minutos antes da meia-noite. Desde então, o marcador mudou 22 vezes, variando de 2 minutos para a meia-noite em 1953 até 17 minutos para a meia-noite, em 1991.
O relógio foi ajustado pela última vez em 2015, altura em que foi alterado dos 5 para os 3 minutos antes da meia-noite, face a perigos e ameaças como as mudanças climáticas e a proliferação nuclear. Esse foi o valor mais próximo que esteve da meia-noite em mais de 20 anos.
A última vez em que esteve no patamar dos três minutos foi em 1984, quando as relações entre os EUA e a União Soviética atingiram o seu ponto mais crítico.
ZAP // BBC
Ridículo
É mais ou menos como o seu comentário.
Não, não foi. Mas para responder assim, ridículo mesmo é o Eusébio.
Agora insulta o Eusébio! Não chame nomes ao homem, que já está no outro mundo.
“Boletim dos Cientistas Atômicos”. Jornalismo de copy paste, nem os brasileirismos corrigem.
Caro leitor,
O nosso artigo tem 15 parágrafos, 908 palavras, 3422 caracteres num português correcto, compreensível e legível. O conteúdo foi revisto e melhorado em relação à fonte consultada. Efectivamente, num dos 3422 caracteres, havia uma falha, que foi corrigida. Obrigado pelo seu reparo.
Agora, se nos permite, copy-paste é o seu comentário do “copy-paste dos brasileirismos”. Para a próxima, consegue fazer uma crítica construtiva e justa, que não copie a piada estafada do copy-paste, e que se for sobre questões linguísticas não use uma expressão em inglês?
Carrega ZAP !
A resposta já demonstra muito da maturidade do jornalista. Já agora, há mais falhas no artigo. Atômicos aparece mais duas vezes no artigo, mas ainda se perdoa. Agora escrever Irã em vez de Irão…
Caro leitor,
Obrigado pelo seu reparo.
Tem toda a razão, atômico escapa, Irã é imperdoável.
As duas falhas apontadas, e mais um par delas que lamentavelmente nos tinham escapado, estão corrigidas.