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Copiloto do avião russo queixou-se à mulher das condições do aparelho

Anatoly Maltsev / EPA

Familiares das vítimas do acidente do avião da Metrojet na Península do Sinai

Familiares das vítimas do acidente do avião da Metrojet na Península do Sinai

O copiloto do avião da companhia russa Metrojet / Kogalimavia, que se despenhou na Península do Sinai provocando a morte a todos os 224 ocupantes, reclamou das condições técnicas do avião antes da decolagem, revelou este domingo a sua mulher.

“Antes do voo, ele queixou-se que a condição técnica do avião deixava muito a desejar”, revelou Natalya Trukhacheva, mulher do copiloto do Airbus A321 russo que caiu no Egipto este sábado, Sergei Trukachev, à televisão estatal russa NTV.

As autoridades egípcias tinham já revelado que antes de o avião perder o contacto com a torre de controle aéreo, o piloto relatou problemas técnicos e disse que tentaria pousar no aeroporto mais próximo.

Um alto funcionário da autoridade de controlo do espaço aéreo disse à  AFP que a comunicação com a torre se perdeu 23 minutos depois da descolagem do aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho, quando o avião sobrevoava o norte da Península do Sinai.

O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik.

O avião transportava 224 pessoas, incluindo 217 passageiros e sete tripulantes. Ninguém sobreviveu.

Até agora, foram recuperados no local da tragédia 175 corpos, de acordo com o jornal egípcio Al Ahram, que cita uma fonte da equipa das operações de resgate.

A fonte adianta que alguns dos corpos foram encontrados bastante longe do local do acidente.

“Encontrámos uma menina de três anos de idade a 8 quilómetros de distância do local” dos destroços principais, disse o oficial.

Segundo o Comité Interestatal da Aviação da Rússia, o Airbus partiu-se em pedaços no ar, mas ainda é muito cedo para determinar a causa do acidente, revelou este domingo.

A desintegração da fuselagem teve lugar no ar e os destroços estão espalhados em torno de uma grande área, de cerca de 20 quilómetros quadrados”, revelou um responsável do Comité.

O governo da Rússia declarou um dia de luto nacional e abriu uma investigação contra o operador turístico.

ZAP

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