O Kremlin confirmou que a queda do avião A321 na Península do Sinai em outubro passado foi provocada por um atentado terrorista, uma vez que a aeronave tinha uma bomba a bordo.
O chefe do Serviço Federal de Segurança russo (FSB), antigo KGB, Alexander Bortnikov, informou esta segunda-feira o Presidente russo de que a queda do avião A321 aconteceu graças a um atentado.
“Pode dizer-se de forma inequívoca que foi um ato de terrorismo”, afirmou o responsável.
Bortnikov garantiu que o avião se desintegrou no ar devido à detonação de uma bomba caseira com o equivalente a um quilo de TNT.
Depois de ter sido informado pelo chefe de segurança, o Presidente russo reagiu de imediato às conclusões da investigação e prometeu punir de forma severa os autores do atentado.
“Vamos procurá-los onde quer que estejam escondidos. Vamos encontrá-los em qualquer parte do mundo e castigá-los”, disse Vladimir Putin na reunião sobre os resultados da investigação da queda do A321, citado pela Sputnik.
“O assassínio dos nossos cidadãos no Sinai está entre os crimes mais sangrentos, tendo em conta o número de vítimas. Não enxugaremos as lágrimas da nossa alma e do nosso coração. Isso vai ficar connosco para sempre. Mas isto não nos vai impedir de encontrar e castigar os criminosos”, continuou o Presidente.
“Todos os que tentem prestar apoio aos criminosos devem saber que as consequências de tais tentativas serão da sua responsabilidade. Peço a todos os nossos serviços secretos que se concentrem nestes trabalhos”, afirmou.
O Kremlin já emitiu um comunicado, no qual oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares, cerca de 47 milhões de euros, a quem ajudar a deter os responsáveis por este atentado, avança a AFP.
Esta terça-feira surgiram notícias de que dois funcionários do aeroporto egípcio já foram detidos por suspeita de terem ajudado a introduzir a bomba no avião da companhia russa Metrojet.
“17 pessoas estão retidas, duas dessas suspeitas de terem ajudado a quem quis introduzir a bomba no avião em Sharm el-Sheikh”, terá assinalado um dos funcionários das forças de segurança egípcias à agência Reuters, citada pelo RT.
Porém, esta é uma situação não confirmada, tanto que o Ministério do Interior egípcio já veio negar esta suposta detenção.
O avião, que fazia a ligação entre a estância turística egípcia de Sharm el-Sheikh e a cidade russa de São Petersburgo, despenhou-se em outubro passado, matando todas as 224 pessoas a bordo.
ZAP / Lusa
Acidente da MetroJet
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Os que agora deitaram este avião abaixo talvez tenham aprendido na mesma escola daqueles que bombardearam o avião sobre a parte da Ucrânia ocupada.