O Airbus A321 russo que caiu no Egipto sábado, provocando a morte a 224 pessoas, partiu-se em pedaços no ar, mas ainda é muito cedo para determinar a causa, revelou este domingo o MAK, Comité Interestatal da Aviação da Rússia.
Viktor Sorochenko, director-executivo do MAK, teceu alguns comentários depois de inspeccionar o local do acidente que este sábado vitimou 217 passageiros e 7 tripulantes, na península do Sinai, no Egipto.
“É muito cedo para tirar conclusões”, disse Sorochenko.
“A desintegração da fuselagem teve lugar no ar e os destroços estão espalhados em torno de uma grande área, de cerca de 20 quilómetros quadrados”, acrescentou.
Por sua vez, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, afirma que a investigação sobre as causas de acidente poderia levar meses.
“Este é um assunto complicado e exige tecnologias avançadas e investigações amplas que poderão levar meses”, diz o presidente do Egipto, citado pela Spunik News.
De acordo com um porta-voz do Ministério russo das Situações de Emergência, os especialistas examinaram, na capital egípcia, os corpos de cerca de 120 das vítimas do acidente do Airbus russo.
“A equipa de trabalho liderada pelo ministro das Situações de Emergências, Vladimir Puchkov, está a trabalhar no local do acidente do A321″, revelou um porta-voz do ministério durante uma conferência de imprensa, este domingo.
“As equipes de resgate estão a inspeccionar mais de 16 quilómetros quadrados de terreno”, acrescentou.
Até agora, foram recuperados no local da tragédia 175 corpos, de acordo com o jornal egípcio Al Ahram, que cita uma fonte da equipa das operações de resgate.
A fonte adianta que alguns dos corpos foram encontrados bastante longe do local do acidente.
Todos os corpos foram entregues à base aérea de Kibrit, aguardando transporte para o Cairo.
Um oficial egípcio revelou à AFP que o corpo de uma menina de três anos de idade tinha sido encontrado longe dos destroços.
“Encontrámos uma menina de três anos de idade a 8 quilómetros de distância do local” dos destroços principais, disse o oficial.
A muitos dos corpos faltam alguns membros, acrescentou o oficial, que pediu anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa.
O avião, pertence à companhia russa MetroJet, ou Kogalimavia, tinha como destino São Petersburgo, e caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik.
O ministro dos Transportes russo garantiu entretanto serem falsas as informações de que o avião teria sido alvo de atentado terrorista.
ZAP / Sputnik News
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