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Contratorpedeiro russo disparou tiros de aviso contra navio turco

Nick Savchenko / Wikimedia

O contratorpedeiro Smetlivy, da Marinha de Guerra da Rússia

O contratorpedeiro Smetlivy, da Marinha de Guerra da Rússia

O ministério da Defesa da Rússia convocou neste domingo o adido militar da Turquia em Moscovo para esclarecer sobre um incidente ocorrido no Mar Egeu entre um de seus navios de guerra e uma embarcação turca.

Moscovo diz que o contratorpedeiro russo Smetlivyy efectuou vários disparos de aviso para evitar a colisão com uma embarcação de pesca de bandeira turca que se encontrava em rota de colisão na costa da ilha grega de Lemnos, no Mar Egeu.

A tripulação do navio de guerra russo terá contactado os pescadores via rádio e posteriormente de forma visual, quando a embarcação turca estava a cerca de um quilómetro de distância, mas não obteve resposta.

A tensão entre os países continua a deteriorar-se, depois de um caça russo ter sido abatido pela Turquia.

De acordo com o Kremlin, quando a embarcação se aproximou a 600 metros da fragata russa foram usadas armas de fogo para evitar a colisão.

“Imediatamente, o pesqueiro turco mudou de rumo e, sem efectuar qualquer contacto com a tripulação russa, continuou a navegar”, afirma o Kremlin, em comunicado.

As relações entre os dois países estão tensas desde que um avião turco abateu um caça russo junto à fronteira com a Síria no passado dia 24 de novembro.

O avião russo teria alegadamente violado o espaço aéreo da Turquia, apesar de Moscovo negar ter sobrevoado o território turco.

Quatro dias depois, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou estar “triste” e lamentar o abate do avião.

Mas, no mesmo dia, o presidente russo Vladimir Putin impôs sanções económicas contra Ancara, como a proibição de importação de produtos da Turquia, e a suspensão da isenção de vistos para turcos, entre outros.

Mais recentemente, Putin acusou a Turquia de ter abatido o avião russo para proteger o fornecimento de petróleo a Ancara pelo “Estado Islâmico”.

Em resposta, o presidente turco afirmou que o seu país não compra petróleo do grupo extremista e que se demitiria se a acusação puder ser comprovada.

Erdogan desafiou Putin a fazer o mesmo se, pelo contrário, as acusações não forem provadas.

ZAP / DW

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