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Contrato de venda da TAP assinado a 24 de junho

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Mário Cruz / Lusa

O ministro da Economia, António Pires de Lima, discursa durante a sessão de abertura do 7.º Congresso CAP "Agricultura, Europa e Mercados Internacionais", no Centro de Congressos do Estoril, Cascais, 22 de abril de 2015.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, discursa durante a sessão de abertura do 7.º Congresso CAP “Agricultura, Europa e Mercados Internacionais”, no Centro de Congressos do Estoril, Cascais, 22 de abril de 2015.

O ministro da Economia anunciou esta terça-feira que o contrato entre o Estado e o consórcio vencedor da privatização da TAP será assinado no dia 24 de Junho, fazendo votos para que isso permita terminar o “clima de insinuações”.

“O contrato entre o Estado português e o consórcio, agrupamento vencedor da TAP vai ser já assinado na próxima semana, no dia 24, quarta-feira, às 15 horas, e isto vem confirmar não só a celeridade deste processo, como espero permita terminar com este clima de insinuações muito desagradável por parte de alguns partidos da oposição”, afirmou o ministro da Economia, Pires de Lima, em declarações aos jornalistas em Sófia, na Bulgária.

O ministro da Economia assegurou que o consórcio vencedor da privatização da TAP irá colocar na empresa até ao final de 2016 um mínimo de 338 milhões de euros, além dos 16 milhões que serão recebidos pelo Estado.

“O consórcio vencedor comprometeu-se e vai colocar na empresa até ao final de 2016 um mínimo de 338 milhões de euros, a que se somarão mais 16 milhões de euros de mínimo também recebido pelo Estado português”, afirmou Pires de Lima.

Confrontado com a possibilidade de serem vendidos ativos da transportadora aérea nacional, Pires de Lima lembrou que o caderno de encargos foi publicado no seu devido tempo e haverá uma injeção de “354 milhões, no mínimo”.

“Há 338 milhões de euros de capital próprio do consórcio, mais 16 que são entregues ao Estado, 354 milhões de ‘cash’, de dinheiro. Os 354 milhões de euros são dinheiro do consórcio, 338 milhões de euros para capitalizar a empresa, 16 milhões de euros como mínimo para o Estado. Este dinheiro pode crescer até cerca de 490 milhões de euros”, referiu, sublinhando que “é normal que a futura gestão da TAP venha a adotar as medidas tidas como convenientes para melhorar a tesouraria da empresa”.

Escusando-se a responder a questões de detalhe sobre o negócio da TAP quando está a acompanhar a visita de Estado do Presidente da República à Bulgária, o ministro da Economia assegurou que se trata um processo “completamente transparente”.

“Não há nada, mas absolutamente nada a esconder neste negócio e cumpre todos os requisitos que constavam do caderno de encargos que foi apresentado e publicado”, vincou.

Pires de Lima rejeitou igualmente que, ao contrário do que insinuam os partidos da oposição, o Presidente da República não tem nenhuma “informação privilegiada” sobre o negócio, insistindo que do ponto de vista de informação foi “um processo que decorreu de acordo com as melhores regras de transparência”.

“Acho muito triste ver partidos da oposição num gesto, que me parece um gesto desesperado, lançar suspeitas completamente infundadas sobre a transparência deste processo”, acrescentou.

O Governo anunciou na semana passada que decidiu vender o grupo TAP, dono da transportadora aérea nacional, ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa.

/Lusa

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