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“Está tudo a ficar excessivamente nervoso” com a celebração do 25 de abril no Parlamento

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Manuel Almeida / Lusa

O primeiro-ministro recordou que a Assembleia da República tem mantido o seu funcionamento durante a pandemia da covid-19 e falou em excesso de nervosismo em relação à polémica da celebração do 25 de abril no Parlamento.

António Costa disse que não se queria pronunciar sobre “a vida interna da Assembleia”, mas acabou por tecer alguns comentários sobre a realização da cerimónia do 25 de abril no Parlamento, à saída da reunião com o Cardeal-Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, na manhã desta segunda-feira.

“Registo que a Assembleia tem vindo a manter o seu funcionamento normal, com os condicionamentos próprios desta circunstância”, sublinhou o primeiro-ministro, citado pelo Observador, para de seguida afirmar que “está tudo a ficar excessivamente nervoso” com esta polémica.

A decisão de avançar com as cerimónias no Parlamento tem sido muito discutida. Nos últimos dias, uma petição online a pedir o cancelamento da sessão solene reuniu mais de 83 mil assinaturas. No entanto, o socialista Manuel Alegre já lançou outra petição a favor das celebrações, que conta com mais de 16 mil assinaturas.

“Estamos a chegar a uma fase em que naturalmente, por cada vez maiores necessidades económicas e sociais e por cada vez maior cansaço e fadiga relativamente às medidas de contenção, está tudo a ficar talvez excessivamente nervoso para o que é recomendável, depois da forma exemplar como temos vivido”, disse António Costa esta segunda-feira.

Não é momento de divisões, é momento de nos mantermos unidos e de seguir o exemplo que a Igreja Católica tem dado. Relativamente a como se deve viver a fé de cada um, cumprindo as regras contra esta pandemia”, acrescentou, após a reunião com Manuel Clemente.

Sobre o encontro com o Cardeal-Patriarca de Lisboa, o governante apontou que maio “é um mês particularmente importante para a Igreja Católica” e, por essa, razão, está a ser mantido o diálogo entre o Governo e a Igreja para perceber como acomodar celebrações com as medidas de distanciamento social necessárias.

A estratégia do Governo é manter a “máxima contenção” até ao final de abril, para relaxar gradualmente algumas medidas no próximo mês. “Mas ninguém viva com a ilusão de que vamos voltar a viver em maio como vivíamos até fevereiro, porque vamos ter de viver sem vacina”, avisou o primeiro-ministro.

Reiterou, ainda, que mesmo depois do Estado de Emergência, os portugueses só voltarão ao normal quando existir uma vacina e “só no Verão de 2021” podemos contar com ela.

ZAP //

11 Comments

  1. Mais uma vez este imbecil vigarista tenta desviar as atenções do verdadeiro problema. O nervosismo que de facto é uma irritação, não tem a ver com as celebrações nem com o funcionamento da AR. Tem a ver com a violação das normas estabelecidas pelo Estado de Emergência pelos próprios mentores e legisladores. Isto é de todo inaceitável em qualquer estado que se intitule de Direito e que reclame respeitar o primado da lei. É claro que também compreendo que este tipo de gente queira comemorar a todo o custo o 25/4 porque se não fosse esse evento, gente deste tipo nunca tinha chegado ao poder porque mesmo tendo um comportamento fascista não seria suficiente para arranjar lugar na União Nacional.

  2. A vós não vos toca o vírus, ou ja tomaram a vacina ou isto é um grande esquema para levar avante a vossa maléfica agenda globalista. Não vos vejo minimamente preocupados, a não ser pelo dinheirinho que teima em não chegar da Europa, pra distribuírem algum e sacarem o resto.

  3. Eu nem tenho dormido só a pensar que este ano iria comemorar o evento pela primeira vez e pelos vistos não vou ter sorte, que pena!

  4. Sr.António Costa
    O povo não está nervoso , custa-lhe é observar que quem devia dar o exemplo não o faz.
    As medidas de segurança impostas que a grande maioria acatou ,(funerais sem acompanhamento,casamentos ,reuniões de Páscoa , etc.) têm que ser cumpridas por todos .
    O 25 de Abril e a democracia não acaba por não se realizar este anos.
    Vocês não são os donos do 25 de Abril,é de todos , vocês não têm o direito de se considerarem os proprietários desta data .
    Respeitem o povo se querem ser respeitados .

  5. É a vergonha de fazerem a comemoração do 25 de abril
    deveriam era respeitar os mortos, tenham vergonha e esse p.A.R. Ferro rodrigues pode estar certo que a justiça de deus cairá em cima…
    Tenham vergonha e para mais deveriam respeitar a petiçâo contra a comemoração do 25 de abril que já tem mais de 90.000 contra esse 25 de abril no ano do coronavirus, é vergonhoso…Não respeitarem o povo..
    São donos de isto tudo!!!!
    E até o ps tem a sorte de crescer por causa da pandemia covid 19, até isso glorificam-se, mas mesmo assim na mesa de votos o povo vota é lá a verdade..
    E ainda glorificam-se de crescer por causa da pandemia, tenham vergonha, lembrar deus não dorme…

  6. Senhor Costa estou a resistir nao o insultar pois para festejos para vós, já nao ha problema. Entáo faz o que eu digo mas nao faças o que eu faço. Atitude prepotente sem qualquer justificaçao reveladora de quanto são maus, os nossos políticos vs deputados. Já perguntei varias vezes, quantos reduziram os ordenados nesta crise ou ofereceram material médico.
    Apetece-me chamar-lhes um nome feio.Com agravante se houver algum deputado doente e sem sintomas qual a cara deles depois!

  7. Quanto vão custar estas celebrações? O custo das celebrações deviam ser usadas em algo realmente importantes, como pagarem às empresas, produtores e a todos os fornecedores do Estado, sem menosprezar as comemorações que poderiam ser feitas por exemplo on-line sem custo para os Portugueses… e para o ano ou numa datas posterior fazer-se algo mais aprimorado.

  8. Para mim o mais chocante é chegar-se a ponderar se vão celebrar o 25 de Abril num Estado de Emergência, mas com estes politicos abrileiros tão medíocres não se pode esperar mais, afinal de contas o estado miserável deste país, com 3 bancas rotas vem exactamente desta gente.

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