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CDS quer criminalizar o abandono de idosos

Paulo Novais / Lusa

O líder do CDS-PP anunciou esta quinta-feira que o partido voltará a apresentar iniciativas legislativas para criminalizar o abandono dos idosos no sentido de resgatar o valor da “solidariedade intergeracional”.

“O CDS-PP já anunciou que a primeira grande bandeira política que vai assumir será precisamente o apoio social à terceira idade”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos à margem de uma visita ao Centro Social Paroquial de S. Pedro e S. João do Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, é necessário assegurar todos os apoios sociais relacionados com a qualidade de vida e o conforto dos idosos, de forma a “permitir que se sintam úteis na sociedade onde estão inseridos”.

O líder centrista sublinhou ainda a necessidade de resgatar um valor “muito caro” ao CDS, “que é o da solidariedade intergeracional”. “Eu sou, como é sabido, o líder partidário mais jovem e considero muito útil, numa sociedade humanista como aquela em que vivemos, que possamos cuidar de quem cuidou de nós e nos permitiu sermos quem somos e o Estado não se pode demitir das suas funções de cuidador”, vincou o dirigente.

Francisco Rodrigues dos Santos confessou querer “viver num país que criminaliza o abandono de animais mas que também criminaliza o abandono dos idosos” e revelou que o CDS irá voltar a apresentar propostas legislativas nesse sentido.

“Queremos que o estatuto do cuidador informal, que neste momento está criado muito por iniciativa política do CDS, tenha efetivos direitos para quem cuida dos seus familiares, possamos mitigar o abandono dos idosos e as suas situações de isolamento e, por último, que sejam criadas condições para que a população possa viver em segurança, sem ameaças à sua integridade física e ao seu património”, concluiu o líder.

Covid-19: Mecanismos “não estão a funcionar”

Questionado sobre as explicações dadas por António Costa, esta quarta-feira sobre o surto do novo Covid-19, o líder deixou algumas críticas às “contradições” entre o discurso da ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

“O que verificamos é que os mecanismos colocados à disposição das populações não estão a funcionar. Ontem verificámos que a linha de assistência e de apoio foi contactada 44 vezes por uma médica e não obteve nenhuma resposta“, afirmou o líder.

Francisco Rodrigues dos Santos lembrou ainda que Costa “chamou a si a responsabilidade na gestão deste assunto” o que, para o líder, “significa que, daqui para a frente, uma vez avocada esta matéria, a quem os partidos políticos e a sociedade irá pedir responsabilidades é ao primeiro-ministro que está, sob exame de toda a sociedade”.

Portugal tem mais três casos confirmados do novo coronavírus, elevando para nove o número de casos confirmados, revelou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

// Lusa

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