/

Catarina Martins diz que todos os dias se arrepende da “geringonça”

15

Paulete Matos, Bloco de Esquerda / Flickr

Catarina Martins e Francisco Louçã na X Convenção do Bloco de Esquerda

Catarina Martins e Francisco Louçã na X Convenção do Bloco de Esquerda

A coordenadora do BE afirmou que “todos os dias” se arrepende da chamada “geringonça” por causa das suas limitações.

Numa entrevista ao jornal Público divulgada este domingo, Catarina Martins afirmou que “todos os dias” se arrepende da criação da ‘geringonça’ pelas suas limitações.

Quando questionada se perante polémicas como as viagens pagas pela Galp a membros do Governo não houve algum momento em que o Bloco se tenha arrependido da criação da ‘geringonça’ (partidos que apoiam parlamentarmente o executivo de António Costa) Catarina Martins afirmou: “Todos os dias me arrependo. Faz parte”.

Instada a explicar a posição, a deputada bloquista acrescentou: “Todos os dias somos confrontados com as limitações”.

No entanto, “enquanto os objetivos que estiverem a ser traçados forem cumpridos, cá estamos. Com as dificuldades de todos os dias”, adiantou Catarina Martins.

“Todos os dias sou confrontada com os limites da ‘geringonça’. Isso custa. O que não é mau, é o que temos de fazer. Há dois objetivos essenciais no acordo que o BE fez, mas fizemo-lo e lutámos por ele: travar o empobrecimento do país e afastar a direito do Governo”, acrescentou.

Questionada sobre se tem medo de não conseguir ir mais além, Catarina Martins admitiu que sim.

“Todos os dias tenho medo de não conseguir. Todos os dias tenho de lutar para que seja possível. Não é mau”, afirmou a deputada.

No entanto, admitiu que todos os dias se arrepende, tem medo e luta contra as limitações.

A ‘geringonça’ é o conjunto de forças políticas que apoiam o Governo socialista, no âmbito de um acordo entre a esquerda que inclui PS, BE, PCP e PEV.

Em 10 de novembro do ano passado, Paulo Portas, na altura vice-primeiro-ministro, tinha afirmado que o acordo de esquerda não era bem um governo, mas sim “uma ‘geringonça'”.

/Lusa

15 Comments

    • Até o artigo parece propositadamente mal escrito (erros gramaticais ou simples lapsos de edição). Para não falar do título, que apareceu 1º no jornal i e foi reproduzido em todos os outros, mas que é o contrário do que a C.M. afirma. Jogo sujo. Pouco gosto pela diferença e pela democracia.

  1. Voce e muito mal informado, democracia nunca existiu. (se não e uma coisa imaginaria na sua cabeça) Toda historia do mundo e prova disto

  2. Não consigo pactuar com a hipocrisia destas senhoras. As medidas politicas de recuperação das contas publicas não tendo surgido nenhuma ideia alternativa até agora para gerar riqueza internamente, continuam a pautar-se pelo aumento de impostos. Entre as reposições, todos os estudos apontam aumentos apenas para os mais ricos e o crescimento económico ficou ainda mais anémico e os gastos da administração central a disparar. O único objetivo destas senhoras eram questões pessoais entre deputados e políticos de partidos diferentes com ideologias diferentes, o resto é paisagem. Estes 6 meses provaram isso, se duvidas houvesse quando estavam na oposição e se limitavam à demagogia e critica de tudo e todos.

  3. Ó Camarada Catarina, não venhas preparar o Povo para te livrares de responsabilidades.
    Infelizmente fizeste o País retroceder décadas e ainda por cima a um custo para as contas públicas que vais ter que explicar. Tu o cassete e o banana do Costa.
    Nem tentes sacudir o capote.
    Fica-te mal.

  4. Afinal a menina Catarina foi interrogada sobre as viagens pagas pela GALP depois a resposta parece ser de arrependimento da geringonça mas pelas limitações segundo ela o que parece que talvez esteja amuada desses convites terem sido demasiado escassos e de não a terem abrangido a ela e sua comitiva, mas entretanto a situação irá mudar e a menina irá ter um papel de destaque na governação.

  5. Depois do que acabei de ler, não sei se tenho receio da entrevista da Srª Catarina ou dos (comentadores) aqui residentes.
    Pelo que me é dado a perceber, são pessoas que nunca pegaram numa pá, enxada, ou andaram á torreia do sol para levar pra casa € 450,00.
    Isto será um povo triste ou um triste povo?

  6. Ao ler os comentarios aqui reproduzidos, facilmente cheguei a uma ideia; estarei perante pessoas que não devem saber o que é carregar sacos de cimento, pegar numa ou picareta à torreira do sol todo o dia para levar pra casa € 450,00.
    como disse um poeta; estarei diante de um povo triste ou diante de um triste povo?

  7. Nem mais Sr. Alex, o que existe e sempre existirá, na minha opinião, é uma aristocracia encoberta, uma escravatura imposta por leis e obrigações (a maioria delas abusiva, até mesmo criminosa, parcial e socialmente discriminatória) que nos controla e limita com impostos e outras obrigações ridículas. Enquanto isso os senhores ricos fogem aos impostos, roubam, provocam guerras e morte e enriquecem à custa dos flagelos das populações e do trabalho escravo.
    O que existe hoje, pra quem anda com os olhos abertos e se consegue libertar das “verdades impostas” tendo uma perspectiva global a das várias fases da história do homem, é não mais do que uma democracia dissimulada onde nos querem fazer acreditar que todos temos os mesmo direitos e deveres. PURA MENTIRA, o caso dos filhos gémeos do embaixador do Iraque que espancaram um rapaz de 15 anos que ainda se encontra internado em estado grave e aos quais não irá ser imputada qualquer responsabilidade criminal devido ao estatuto de imunidade diplomática é um claro exemplo disso! Os “Panama Papers”, os paraísos fiscais, os desvios multimilionários, as corrupções ao mais alto nível, as experiências com armas biológicas feitas pelos governos ao próprio povo, etc, etc, etc.
    Vivemos numa nova era feudal, muito mais dissimulada, extremamente mais desenvolvida tecnologicamente, mais “confortável”, mais “politicamente correta”, visualmente menos agressiva, mas em muitos pontos idêntica.
    Continuamos sem ter nada nosso na realidade, ora vejamos:
    * Tens casa própria? Se achas que sim, enganas-te, não é tua, a partir do momento que está assente num qualquer território os senhores poderosos podem muito bem expropriar-te com uma facilidade que nem imaginas, mesmo que não seja para o imprescindível bem geral da maioria mas sim para qualquer proveito próprio e pessoal deles mesmos ou de um qualquer amigo, e tu pensas …”ah mas isso não é bem assim, tem que ser comprovado em tribunal que é pro bem da maioria e bla bla bla”… e achas que não há juízes corruptos? E se não o são achas difícil corrompê-los nem que seja à lei da bala ou de ameaças à família?
    *Mesmo que não sejas expropriado da “tua” casa se não pagares o IMI vais ficar sem ela, ou seja, ou estás sempre a pagar em cima do que já pagáste (imposto ao comprar a casa ou terreno, etc, iva sobre tudo o que compras para fazer a casa ou melhorá-la, etc, etc).
    *Tens carro ou moto? O que achas do brutal imposto automóvel? Gostas e achas justo? E do imposto sobre os combustíveis, gostas, achas agradável? Ah e da obrigação de pagar o imposto de circulação mesmo que o veículo não circule é lindo não é?
    *E dos bancos, és fã? E que tal da impunidade de quem abusa e se aproveita da confiança depositada pelos clientes para roubar o seu dinheiro e depois fica impune? Podes dizer “ah o banco faliu mas devolveram-me o dinheiro que lá tinha” quem devolveu? O banco? Não! O estado = impostos que saíram do esforço e do bolso de todos os contribuintes! E o que achas do facto de quando o banco abre insolvência ou falência não ser obrigado a ter dar o dinheiro que lá tens à ordem ou a prazo mas tu seres obrigado a pagar os empréstimos que tens contraídos com essa entidade bancária? É justo e correcto?

    Ora põe tudo isto e muito mais que é do conhecimento público na balança e classifica melhor aquilo a que se chama de democracia. Se calhar não é tão democrática quanto isso. Podem mudar os protagonistas mas o espectáculo é sempre o mesmo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.