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Boeing envia documentação “muito preocupante” ao Congresso sobre o 737 MAX

A construtora aeronáutica Boeing enviou novos documentos ao Comité de Transportes do Congresso dos EUA que indiciam “um quadro muito preocupante” da resposta da empresa às preocupações de segurança sobre o 737 MAX, disse fonte da instituição parlamentar.

A Boeing enviou os documentos na noite de segunda-feira, poucas horas depois de anunciar a demissão imediata do seu presidente-executivo, Dennis Muilenburg, disse o assistente do comité que está atualmente a investigar o 737 MAX, uma aeronave cujo fabrico está suspenso desde 13 de março, após dois acidentes fatais.

O presidente-executivo da empresa anunciou a demissão na segunda-feira, após a empresa ter comunicado que iria suspender o fabrico da aeronave.

A empresa enfrenta a pior crise dos seus mais de cem anos de história, depois dos dois acidentes  aéreos — ambos com o modelo Boeing 737 Max — que mataram 346 pessoas.

Em outubro do ano passado, um avião da companhia aérea Lion Air caiu e provocou a morte de 189 pessoas. Cinco meses depois, a queda de uma aeronave da Ethiopian Airlines fez 157 mortos. Desde então, todos os Boeing 737 Max 8 foram retirados de circulação em todo o mundo.

Em comunicado, a Boeing disse que o conselho de administração decidiu “que era necessária uma mudança de liderança para restaurar a confiança na empresa, enquanto trabalha para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e todos os outros interessados”.

Em outubro, perante o Senado norte-americano, Muilenburg admitiu que a empresa cometeu “erros” nos dois desastes aéreos. “Sabemos que cometemos erros e que estávamos errados. Somos culpados disso. Em meu nome e no nome da Boeing, sentimos muito. Lamentamos profundamente”, afirmou na altura.

ZAP // Lusa

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