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Queda de Boeing 737-800 Max na Etiópia faz 157 mortes

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Aero Icarus / Flickr

Boeing 787-800 Dreamliner da Ethiopian Airlines

Um Boeing 737-800 da companhia Ethiopian Airlines, que voava de Adis Abeba para Nairobi, no Quénia, caiu este domingo, provocando a morte de 149 passageiros e oito tripulantes.

De acordo com um comunicado divulgado pela companhia aérea, as buscas já começaram, mas para já não há informações sobre a identidade das vítimas, que, segundo informações da companhia, são de 33 nacionalidades diferentes. Não há sobreviventes.

Segundo um porta-voz da Ethiopian Airlines, o acidente com o voo ET 302 aconteceu por volta das 8h38. O Boeing partiu do aeroporto internacional de Bole, na capital etíope, Adis Abeba, e perdeu contato com a torre de controlo 6 minutos mais tarde. A queda aconteceu próximo da cidade de Bishotfu.

A companhia adiantou que vai enviar funcionários ao local do acidente para ajudar as equipes de resgate. Um centro de informações e um número de telefone foi colocado à disposição dos familiares das vítimas. O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, publicou no Twitter uma mensagem enviando as suas condolências às famílias.

A Ethiopian Airlines mantém linhas para muitos destinos em África, o que a torna uma empresa popular num continente onde muitas companhias voam apenas dos seus países para destinos fora da África.

A transportadora tem boa reputação no que diz respeito a questões de segurança. O último acidente grave de um avião da companhia etíope aconteceu em 2010, quando um aparelho explodiu depois de ter partido de Beirute, no Líbano, matando 90 pessoas. A aeronave tinha sido sequestrada por três etíopes que exigiam asilo na Austrália.

Modelo da aeronave é igual ao da Lion Air

O Boeing 737-800 Max da Ethiopian Airlines envolvido no acidente deste domingo é um modelo relativamente novo, lançado em 2016. Foi adicionado à frota da Ethiopian Airlines no ano passado.

A aeronave é do mesmo modelo do avião da Lion Air que caiu no mar na Indonésia em outubro do ano passado, 13 minutos depois de ter descolado de Jacarta, causando 189 mortes.

Após o acidente fatal na Indonésia, a Boeing divulgou aviso de segurança sobre os sensores do 737 Max, com instruções sobre como lidar com potenciais erros nos sensores da aeronave.

Investigadores do Comité Nacional de Segurança de Transporte da Indonésia, que  averiguaram o acidente, descobriram que um dos sensores do “ângulo de ataque” do avião tinha avariado e fornecido dados imprecisos. Segundo concluiu entretanto o Comité, o avião da Lion Air não devia ter sido autorizado a levantar voo.

ZAP // RFI / BBC

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