A construtora aeroespacial norte-americana Boeing divulgou um boletim de segurança aos pilotos com instruções sobre como lidar com potenciais erros nos sensores do avião 737 Max.
O comunicado surgiu na sequência do acidente fatal, na semana passada, quando um avião da Lion Air se despenhou no Mar de Java, na Indonésia, 13 minutos depois de descolar. A bordo do avião estavam 189 pessoas e não foram encontrados sobreviventes.
Investigadores do Comité Nacional de Segurança de Transporte da Indonésia, que têm estado a averiguar o acidente da semana passada, descobriram que um dos sensores do “ângulo de ataque” do avião tinha avariado e fornecido dados imprecisos.
O sensor controla o ângulo do nariz do avião em relação ao ar que se aproxima. Se o sensor não enviar as informações corretas, pode confundir o computador do avião e os seus pilotos, fazendo com que a aeronave se despenhe.
Os sensores de “ângulo de ataque” do avião foram substituídos no dia anterior ao voo fatal. Além disso, os indicadores de velocidade no ar falharam nos três voos que antecederam o acidente, bem como durante o último voo, segundo o NBC News.
O boletim emitido pela Boeing destaca ainda “procedimentos para a tripulação de voo” sobre como reagir a dados incorretos enviados pelos sensores.
A Administração Federal de Aviação exigirá que todas as companhias aéreas dos EUA que utilizam o avião 737 MAX sigam as ações corretivas estabelecidas no boletim de segurança. Há 200 destes aviões em uso em todo o mundo.
O Boeing 737 MAX 8 da Lion Air tinha partido no dia 29 de outubro do aeroporto de Jacarta com destino a Pangkal Pinang, nas ilhas Bangka Belitung, na Indonésia. Perdeu contacto com o solo 13 minutos depois de descolar.
As autoridades iniciaram rapidamente uma missão de busca e resgate, encontrando detritos da aeronave, incluindo partes da fuselagem da aeronave, cartões de identificação e malas pertencentes aos passageiros a bordo.
Não houve sobreviventes entre os 181 passageiros e 8 tripulantes que se encontravam a bordo – entre os quais dois pilotos, seis comissários de bordo e dois bebés, além de 20 funcionários do Ministério das Finanças da Indonésia. Juntos, o piloto e o co-piloto acumulavam 11 mil horas de voo.