O Banco Espírito Santo, apelidado de “banco mau” depois do resgate que criou o Novo Banco, tinha um buraco financeiro de 2,42 mil milhões de euros há um ano, logo após a aplicação da resolução do Banco de Portugal a 3 de Agosto de 2014.
Um comunicado enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) revela que o passivo do banco é de 2.421,218 milhões de euros, com um ativo de apenas 193 milhões.
A informação é comunicada pelo BES, instituição agora liderada por Luís Máximo dos Santos, um ano depois da resolução imposta a 3 de agosto de 2014, que levou à separação entre o “banco bom” – que deu origem ao Novo Banco, com os ativos saudáveis – e o “banco mau”, com os ativos tóxicos.
Na altura, o Banco de Portugal transferiu para o BES “mau” um património avaliado em 193,4 milhões de euros, mas as suas responsabilidades, ou seja o passivo, eram de 2.614 milhões de euros, o que dá um total de capital próprio negativo de 2.421 milhões de euros.
ZAP
Crise do BES
-
27 Dezembro, 2018 Ministério Público nega acesso a escutas do GES a Ricardo Salgado
-
28 Agosto, 2018 BES “mau” está sem dinheiro para pagar dívidas ao Grupo Amorim