/

Banca portuguesa vai resistir ao “tornado” das tarifas de Trump?

2

Numa altura de grande incerteza económica, devido às tarifas de Donald Trump e com receios de uma recessão global, poderá a Banca portuguesa aguentar o “tornado”?

Só nos próximos meses, é que se poderá responder à pergunta com mais certezas. Mas, para já, existe a ideia de que os bancos portugueses “nunca foram tão sólidos”, como sublinha o Jornal de Negócios, vincando que têm “elevados níveis de capital e malparado reduzido”.

Estes “airbags” devem permitir amortecer “choques” e “colisões leves”, analisa ainda o jornal económico, considerando também declarações do presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), Paulo Marcos.

O sistema bancário português está “bem capitalizado” e tem “capacidade para absorver choques leves a moderados“, nota Paulo Marcos, considerando que “os rácios são suficientemente robustos”.

As tarifas de Donald Trump vão “certamente fazer mossa nalguns sectores específicos”, afectando, inevitavelmente, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mas “não há razões para pensar em efeitos recessivos de longo prazo”, acrescenta Paulo Marcos no Jornal de Negócios.

Bancos portugueses estão de boa saúde

No último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal (BdP), notava-se que os bancos portugueses apresentam “indicadores favoráveis em várias áreas, como capital, liquidez, qualidade dos activos e rendibilidade“, reflectindo “o esforço de ajustamento estrutural do sector nos últimos anos e um contexto económico favorável”.

“À semelhança do resto da economia, o sector bancário verificou um ajustamento notável, em termos de liquidez, qualidade de ativos, eficiência e capital”, apontava ainda o relatório do BdP.

O documento referia-se, em concreto, ao rácio CET 1 (Common Equity Tier 1), uma métrica que mede a capacidade de um banco suportar perdas repentinas, considerando que os bancos nacionais estavam melhores do que a média da Zona Euro.

“O rácio de “Common Equity Tier 1” da banca portuguesa era de 17,95% no final de 2024″, situando-se “acima dos 16,2% de média no espaço da moeda única”, analisa o Negócios com base nos dados do BdP. Era “mais do dobro dos 7,4% de 2010”.

O Novo Banco tinha um CET 1 de 20,8% no final de 2024, e na Caixa Geral de Depósitos, a métrica era de 20,3%.

Outro factor importante que atesta a boa saúde dos bancos portugueses é relativo à “redução significativa” no crédito malparado, destaca ainda o Negócios.

Em 2016, o rácio médio dos Non-Performing Loans, ou seja, dos empréstimos em que o beneficiário deixou de fazer os pagamentos, chegou aos 18%. Agora, é de apenas 2,4%, constata o mesmo jornal.

ZAP //

2 Comments

  1. A Banca Portuguesa não resiste é às más políticas praticadas pelos Governos do dr. Pedro Coelho, dr. António Costa, e dr. Luís Esteves.

Responder a Figueiredo Cancelar resposta

Your email address will not be published.