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França confirma 3 casos de coronavírus chinês. Já chegou à Austrália e Malásia

Wu Hong / EPA

Depois de França ter confirmado três pessoas infetadas com o novo coronavírus oriundo da China, também a Austrália e Malásia reportaram casos.

As autoridades da Malásia anunciaram este sábado terem registado os primeiros três casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus detetado na China.

Os três casos foram confirmados no estado de Johor, que faz fronteira com Singapura, explicaram as autoridades. Os indivíduos infetados são cidadãos chineses e familiares próximos de um homem de 66 anos que já tinha sido infetado com o vírus em Singapura.

A mulher e os seus dois netos foram rastreados e deram positivo, disse o ministro da Saúde da Malásia, Dzulkefly Ahmad.

Na Austrália, há um caso confirmado: trata-se de um paciente chegou a Melbourne há uma semana procedente da cidade de Wuhan, o epicentro da epidemia, anunciaram as autoridades australianas citada pela agência noticiosa AFP.

Segundo Brendan Murphy, responsável de saúde pública do Governo australiano, as autoridades do estado de Victoria seguiram “estritamente os protocolos, incluindo o isolamento do infetado”. “O paciente está com pneumonia e o seu quadro é estável”.

O ministro australiano da Saúde, Greg Hunt, informou que os passageiros do voo no qual o homem estava foram contactados “para informação e conselhos”.

Esta sexta-feira, o coronavírus chegou à Europa, havendo três casos confirmados. As pessoas em causa estiveram na China e estão hospitalizadas – uma em Bordéus e duas em Paris – com medidas de “isolamento”, revelaram as autoridades de França.

Ao todo, o coronavírus já chegou a 12 países: Macau, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Nepal, Malásia, Singapura, Vietname, Estados Unidos e França.

Número de mortos na China aumenta

O número de mortos devido ao novo coronavírus aumentou entretnto para 41, depois de 15 pessoas terem morrido na província de Hubei, informaram as autoridades locais.

De acordo com as autoridades chinesas, citadas pelas agências France-Presse e AP, o número de casos confirmados é de cerca de 1.300.

As autoridades montaram uma operação de quarentena que vai cobrir 13 cidades na província de Hubei para tentar conter a propagação deste vírus.

O novo vírus, que causa pneumonia, foi detetado na China no final de 2019. Além do território continental chinês, estão confirmados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e França.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas — Wuhan, onde começou o surto, e as vizinhas Huanggang e Ezhou.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para “moderado” o risco de contágio na União Europeia.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), que reuniu esta quarta e quinta-feira, optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, embora reconheça que há esse risco. Os primeiros casos do coronavírus “2019 – nCoV” apareceram na cidade de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.

Os sintomas associados à infeção causada por este novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

Dados preliminares, divulgados pela revista médica The Lancet, apontam algumas semelhanças entre o novo coronavírus e o coronavírus que esteve na origem da Síndrome Respiratória Aguda Grave, identificada pela primeira vez na China há mais tempo.

ZAP //

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