O ativista Joshua Wong, figura proeminente do movimento pró-democracia em Hong Kong, anunciou esta terça-feira que foi impedido de concorrer às próximas eleições locais, enquanto o território atravessa a pior crise política desde 1997.
O ativista foi o único candidato excluído das eleições para o conselho distrital, a 24 de novembro. “Condeno com veemência o facto de o Governo estar envolvido em filtragem e censura políticas, privando-me dos meus direitos”, afirmou Joshua Wong, de 22 anos, numa mensagem divulgada na rede social Facebook.
A nomeação do ativista a candidato eleitoral foi considerada inválida, de acordo com uma notificação da Comissão dos Assuntos Eleitorais, partilhada pelo próprio na mesma rede social. Sem nomear Joshua Wong, o Governo afirmou, em comunicado divulgado esta terça-feira no site oficial, que a decisão sobre todos os candidatos já estava tomada.
“O candidato não pode de forma alguma cumprir os requisitos das leis eleitorais relevantes, uma vez que advogar ou promover a ‘autodeterminação’ contraria o conteúdo da declaração exigida por lei a um candidato, a de respeitar a Lei Básica [mini constituição] e jurar lealdade” a Hong Kong, de acordo com um comunicado do executivo local.
Em 2014, Wong foi o principal rosto do movimento conhecido como “revolução dos guarda-chuvas”, movimento de desobediência civil que durou mais de dois meses e na qual se exigia o sufrágio universal na região administrativa especial chinesa.
No mês passado, quando anunciou que iria concorrer às eleições em novembro, Wong advertiu que qualquer tentativa de desqualificação apenas resultaria em mais apoio aos protestos pró-democracia. Também descreveu a votação como crucial para enviar uma mensagem a Pequim de que a população está mais determinada do que nunca para vencer a batalha por mais direitos.
“Há cinco anos dissemos que voltávamos e agora estamos de volta com uma determinação ainda mais forte”, disse o ativista que chegou a ser indicado para o prémio Nobel da Paz em 2018.
Líder do Governo adverte sobre risco de recessão
A líder de Hong Kong, Carrie Lam, advertiu esta terça-feira que o território está em risco de entrar em recessão económica, quase cinco meses após o início dos protestos antigovernamentais.
Os dados do terceiro trimestre vão ser divulgados no final desta semana e, a confirmar-se o esperado crescimento negativo, a economia da região administrativa especial chinesa vai entrar em recessão técnica, avisou Carrie Lam. A recessão técnica significa que o Produto Interno Bruto (PIB) desceu em dois trimestres consecutivos.
Os dados conhecidos até agora mostram que, durante os primeiros três meses do ano, a economia de Hong Kong cresceu 1,3%, enquanto no período de abril a junho contraiu 0,3%.
Hong Kong vive, desde o início de junho, a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997, com manifestações e ações violentas quase diárias contra o que os manifestantes consideram ser a erosão das liberdades no território.
Os protestos em Hong Kong, região administrativa especial chinesa, começaram em junho por causa da polémica lei da extradição, que permitiria extraditar suspeitos de crimes para território e países sem acordos prévios, como a China.
Entretanto, as emendas à legislação foram retiradas formalmente pelo Governo, mas os protestantes têm ainda outras quatro reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos; que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins; um inquérito independente à violência policial e a demissão da chefe de Governo, Carrie Lam, e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo.
Num endurecimento da posição do Governo, Lam invocou uma lei de emergência da era colonial para criminalizar o uso de máscaras em manifestações, mas a decisão parece só ter aumentado ainda mais a violência dos protestos. Na semana passada, polícias dispararam pela primeira vez balas reais sobre manifestantes, ferindo dois adolescentes.
A transferência da soberania de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”. Tal como acontece com Macau, foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com o Governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.
ZAP // Lusa
Pró-democracia ou pró-agitador ao serviço de entidades obscuras estrangeiras?
Ditador! Burro!
É essa a sua habitual apresentação? Prazer “Ditador! Burro!”.
Ó Pablo, o Alex gosta muito da China, mas também gosta da liberdade de escrever parvoíces na Net. É um paradoxo este Alex.
Se eu gosto ou não da china é da sua conta ou responsabilidade? Por mim você até pode adorar os esgotos da sua localidade e eu com isso? Eu nada tenho a ver com as suas “parvoíces”, entendido ou necessita de um desenho?
Obrigado Alex, falou como um verdadeiro ditador, compreende-se o seu gosto pela China. Você pode escrever as parvoíces* que quiser, mas não admite quando lhe apontam contradições óbvias. Noto novamente a falta de contra-argumentação no seu discurso.
*Pelos vistos não conhece a palavra, procure no dicionário, pois ela existe na língua Portuguesa.
alex nem responda as cavalgaduras que apenas aki vieram pra provukar
Abaixo a china! Viva a democracia!
Democracia no Ocidente? Desde quando? Os maiores assassinos estão no Ocidente, basta recordar os assassinos ianques que deitaram duas bombas atómicas em cima de civis quando a guerra já estava perdida pelos japoneses.
Grande verdade, as maiores atrocidade foram cometidas pelos ocidentais, especialmente ingleses e ianques.
viva a china e fora com a hipocrisia ocidental
Agora ser democrata é incendiar, violentar e partir tudo.
Façam então o mesmo no ocidente que vão adorar o resultado.