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Assunção Cristas recusa hipótese de deixar de ser líder do CDS

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Paulo Novais / Lusa

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas

A presidente do CDS põe de parte a possibilidade de deixar de ser líder do partido e reafirma que está à espera de ter um bom resultado nas próximas eleições legislativas de 6 de outubro.

“Essa é uma questão que eu não me coloco, acho que vamos ter um bom resultado”, disse a líder do CDS, Assunção Cristas, quando questionada diretamente, em entrevista à Lusa, sobre qual seria a percentagem mínima de votos no seu partido para se manter como dirigente máxima.

“A nossa preocupação é afirmar “as bandeiras eleitorais” do CDS e “contribuir o mais possível para um bom resultado do centro-direita“.

Assunção Cristas declara que vai continuar o seu trabalho intensamente “para que as pessoas percebam quais são as prioridades e por que é que faz sentido votar no CDS (…) porque representa uma visão diferente, alternativa, uma visão de centro-direita para Portugal”.

A líder centrista não rejeita que há muito trabalho a fazer e que sabe de onde parte: “Temos 18 deputados, sabemos o difícil que é, mas também sabemos que cada eleição é uma eleição. Portanto, o que podemos dizer é que estamos aqui, sim, para o mais possível dar força às nossas bandeiras [mas] isso está nas mãos das pessoas”.

“Se as pessoas entenderem que faz sentido baixar impostos, baixar 15% o IRS e baixar os impostos para as empresas para que a economia cresça mais, melhorar as condições para as famílias e ter a natalidade como um grande tema, melhorar as condições para os mais idosos, olhar para o Estado numa visão complementar em que todos os setores são relevantes na saúde, na educação, na área social, por exemplo, tem bons motivos para votar no CDS”, destaca.

Segundo Assunção Cristas, as pessoas têm de ter a certeza de que o seu voto no CDS “para uma política alternativa de centro direita, não é para qualquer outro objetivo”, afirma ainda, sublinhando a “ambição” do CDS em “ir mais longe, libertar as pessoas, as empresas, para que possam construir a sua vida”.

Esta visão do CDS contrasta, segundo a dirigente do CDS, com as propostas à esquerda, onde não consegue “vislumbrar no mundo país onde tenham funcionado e onde as sociedades sejam mais prósperas e mais justas”.

A presidente do CDS cita o exemplo dos países nórdicos, nos quais coexiste um Estado social, “com um grande apoio, grande generosidade, mas [também] temos uma economia muito livre, muito aberta e sem gerar obstáculos às pessoas”.

Apoios para adaptar agricultores às alterações climáticas

Esta segunda-feira, durante uma visita à Feira da Luz, de Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, a líder do CDS defendeu uma estratégia de adaptação às alterações climáticas na agricultura, que passe por apoiar os agricultores e produtores pecuários em investimentos para armazenamento de água.

“Entendemos que o tema do território e da água é um tema de prioridade de primeira linha na análise das alterações climáticas. Sabemos que essa é uma circunstância com a qual temos de lidar. Isso significa que temos de apoiar os agricultores, os produtores, em vários domínios, em vários investimentos, nomeadamente, no pequeno armazenamento de água, pequenas charcas, com a irrigação eficiente”, defendeu.

“A parte do combate é muito importante, mas a adaptação do nosso território às alterações climáticas também é essencial”, sustentou Cristas, falando aos jornalistas no Parque de Exposições e Parque de Leilões de Gado de Montemor.

Salientando tratar-se da “maior feira pecuária”, na qual é possível passar em revista o “trabalho dos produtores”, a presidente do CDS-PP afirmou que o sentido da sua visita é “sublinhar e reforçar compromisso do CDS com o mundo rural“.

Esse compromisso, “com a agricultura, com a produção animal”, é essencial para “um país que se quer desenvolvido e que trata bem da sua cultura e da sua tradição”, enfatizou Assunção Cristas.

“O mundo rural para nós é mesmo um compromisso muito sério“, declarou, sublinhando que a sua “defesa intransigente” tem sido feita pelos centristas em vários domínios, como da agricultura extensiva ou do regadio.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. foi a criatura que já ouvi utilizar o termo “vergonha alheia” com a maior das leviandades aliás como tudo o que diz, bem que pode enfiar a carapuça que está à sua medida.

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