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Alegadas ameaças feitas por “rede maçónica que vai da política à justiça” investigadas

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“Não retiro nada ao que disse”. É assim que o conselheiro de Estado António Lobo Xavier reforça o que disse sobre a existência de uma “rede maçónica” de extorsão, salientando que não pode “ir mais longe nos detalhes” porque há processos “sob investigação”.

As declarações foram proferidas por Lobo Xavier na abertura do programa “Circulatura do Quadrado” na rádio TSF.

“As pessoas, em geral, imaginam que eu tenho conhecimento de indícios de crime e que não vou participar [ao Ministério Público]? Obviamente, essa é uma referência a casos que estão sob inquérito e sob investigação e, por isso, é que não posso ir mais longe nos detalhes”, começou por apontar.

Estou proibido de o fazer, mas esses casos estão todos em investigação”, referiu ainda Lobo Xavier.

“Não retiro nada ao que disse”, sublinhou o conselheiro de Estado e advogado no início e no final do esclarecimento que pediu para fazer no arranque do programa de debate.

O antigo deputado do CDS-PP considerou também que “não houve difamação” e que não fez “juízos sobre pessoas concretas, nem disse sequer que a maçonaria em geral, ou todos os membros da maçonaria, tinham comportamentos duvidosos ou ilegais”.

Há uma semana, durante o programa “Circulatura do Quadrado”, Lobo Xavier disse que tem “clientes que dizem que são vítimas de extorsão por serem ameaçados, se não entregarem dinheiro ou assumirem determinados comportamentos, [que] são perseguidos por uma rede maçónica que vai da política às magistraturas“.

“Não sei se é verdade. Tenho desconfianças, conheço a história da maçonaria, mas não sei quem eles são porque não se assumem”, acrescentou, na altura, o democrata-cristão.

Lobo Xavier disse ainda que Rui Rio, presidente do PSD, está, com a lei sobre os grupos “discretos”, a ter “comportamentos persecutórios associados a mitos”, e a querer atingir o PS e os seus “opositores internos no PSD que são, supostamente, segundo se diz, ligados à maçonaria”.

Em comunicado enviado à agência Lusa depois das declarações de Lobo Xavier, o Grão-Mestre da Maçonaria Regular Portuguesa, Armindo Azevedo, defendeu que a organização “age constantemente no estrito cumprimento e respeito da Lei“.

“Os princípios da Maçonaria são a liberdade dos indivíduos (instituições, raças, nações), a igualdade de direitos e obrigações dos Homens, a fraternidade entre todos os Homens e entre todas as nações”, adiantou ainda Armindo Azevedo.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Mas alguém tem duvidas que a política em Portugal é feita por seitas malfeitoras?é tudo farinha do mesmo saco.O povo só conta na altura dos ”votos” para dar carta branca aos malfeitores para nos governarem ou melhor,desgovernar.

  2. a organização “age constantemente no estrito cumprimento e respeito da Lei“
    E quem é faz as Leis: obscurantistas, muitas vezes à encomenda como a da Habitação Não Habitual, por exemplo
    Se alguém se queixar à procuradoria que provavelmente também fazem parte, ou pelo menos um numero bastante (não sabemos porque é segredo de nível pessoal), então ia haver investigação e julgamento?
    Juizes, advogados e juristas em geral acumulam conhecimento bastante para poderem cometer crimes contra o Estado ou particulares, pois estudaram o assunto profissionalmente. Assim acumulam poderes críticos e imagine se existir alguém que lhe(s) seja superior ou em outros termos a quem juraram obediência.
    O circulo é redondo.

  3. Vou repetir o que disse sobre este assunto e cujo comentário não foi publicado pelo ZAP: disse que a maçonaria era e é uma Máfia e que nada tem a ver com a “Opus Dei”. Seria bom que conhecessem os procedimentos e comportamentos dos novatos “noviços” da instituição: são obrigados a uma servidão aos mais graduados. Tudo funciona e, pirâmide.
    Eu considera uma seita perigosa. Conheço pessoas que estão ligadas à maçonaria. De uma maneira geral a vida corre-lhes bem!

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