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Ameaça de Brexit leva moeda britânica ao fundo

A libra esterlina registou esta quarta-feira a cotação mais baixa em sete anos face ao dólar devido à incerteza sobre a permanência do país na União Europeia (UE).

A cotação da libra face ao dólar caiu para 1,40 dólares pela primeira vez desde março de 2009 e estava a negociar-se nos mercados de câmbios a 1,3928 dólares, menos 0,67% do que na sessão anterior, e a 1,2677 euros, menos 0,37%.

A divisa britânica também estava a recuar face ao iene, a cotar-se a 155,68 ienes, menos 0,97%.

A libra tem estado a cair desde segunda-feira, dia em que vários ministros do Governo britânico e o presidente da Câmara de Londres, Boris Johnson, confirmaram que vão apoiar o ‘Brexit’ (junção das palavras em inglês Britan e exit, saída da UE) no referendo sobre a permanência do país na UE que se vai realizar a 23 de junho.

A incerteza sobre o futuro do Reino Unido, com a possibilidade de ‘Brexit’, tem estado a pressionar a libra, que na última segunda-feira registou uma queda brusca diária de 2%, a de maior dimensão desde janeiro de 2015.

A perspetiva de uma saída, bem como as divisões internas que atingem o Governo britânico alarmaram os investidores, que preveem uma grande volatilidade até ao dia do referendo, referiram analistas citados pela Efe.

A depreciação da libra esterlina também afasta a possibilidade de o Banco de Inglaterra subir as taxas de juro, que estão no mínimo histórico de 0,5% desde março de 2009.

Por outro lado, apesar da depreciação da moeda favorecer o turismo e as exportações, também pode gerar um aumento da inflação causada pelas importações mais caras.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou no sábado que o referendo se vai realizar na quinta-feira, 23 de junho, depois de ter concluído um acordo de reformas da UE com os parceiros europeus.

O acordo concluído por Cameron na sexta-feira em Bruxelas permitirá ao Governo britânico limitar as ajudas públicas a trabalhadores comunitários no Reino Unido durante um período de quatro anos, bem como adaptar as ajudas por filhos que vivem fora das ilhas britânicas ao custo do nível de vida daqueles países.

Também exclui o Reino Unido de qualquer medida destinada a aumentar uma maior integração política com a Europa e cria mecanismos para que os países fora da zona euro forcem um debate sobre leis que consideram contrárias aos seus interesses.

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