EOS

Novo laser tem feixe de 150 kW e quer revolucionar a forma como são combatidos drones em conflitos de larga escala. É barato e fácil de implementar.
“O ataque por enxames de drones é uma das evoluções mais perigosas nos conflitos modernos”, afirma a empresa tecnológica australiana Electro Optic Systems (EOS). “Por cada milhão de dólares gasto em atacar alguém, os defensores podem gastar 50 vezes mais para o impedir. A menos que as defesas sejam cuidadosamente concebidas, a economia do conflito pode levar à falência antes de causarem danos”, comunica à Interesting Engineering.
É com este problema em mente que a empresa apresenta esta semana o laser “Apollo”, com um feixe de 150 kW e capacidade para destruir 20 a 50 drones por minuto.
“Os UAS (Sistemas Aéreos Não Tripulados) utilizam agora contramedidas como manobras rápidas, rotação, isolamento térmico e revestimentos que refletem — táticas que tornam enxames grandes mais difíceis de rastrear e combater. O Apollo evoluiu ao longo de mais de uma década para enfrentar este desafio, oferecendo combate de precisão, altos níveis de potência e capacidade de disparo contínuo para derrotar estas ameaças cada vez mais complexas”, lê-se no site da empresa.
Com uma alta taxa de variação e alimentação contínua, o Apollo pode ser implementado em menos de duas horas, o que o torna apto para situações de emergência.
De acordo com a EOS, lasers de alta energia oferecem uma solução ao fornecer ataques precisos e de baixo custo contra drones. E com baixo custo, a empresa quer dizer extremamente baixo em comparação com os dispositivos atualmente em vigor.
Ao contrário de mísseis que custam centenas de milhares de dólares, um disparo laser limita-se apenas ao custo da energia. Para além disso, o dispositivo é construído para se integrar com sistemas de comando e controlo NATO (C2) e sistemas de defesa aérea integrados (IADS).
“Os drones mudaram fundamentalmente a guerra”, assegura a EOS. “O Apollo foi concebido do zero para contrariar essas ameaças à velocidade da luz. O que fazemos a seguir é o que mais importa”.