Aliados de Putin preocupados com “excessos” na mobilização militar

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Yuri Kochetkov / EPA

A “mobilização para a sepultura”, de acordo com os próprios russos, critica Zelenskyy. 800 detidos num dia.

A guerra na Ucrânia, que chegou à duração de sete meses neste sábado, está a ser marcada por alegados bombardeamentos, ao longo das últimas horas.

Tem havido troca de acusações entre Rússia e Ucrânia, sobre os aparentes bombardeamentos no sul e no leste da Ucrânia.

O exército ucraniano, de acordo com a agência Reuters, acusa os russos de “dezenas de ataques aéreos e com mísseis em alvos militares e civis”. A Ucrânia acusa a Rússia de ter atingido 35 localidades com populações.

Do outro lado, os russos negam ter atingido alvos civis e indicam que foram os ucranianos a bombardear um celeiro e armazéns de fertilizantes, igualmente nas últimas horas.

Mobilização: Zelenskyy, detidos e preocupação

A mobilização militar parcial anunciada por Vladimir Putin, na semana passada, continua a originar consequências e a ser assunto em diversos contextos.

Na noite passada, o presidente da Ucrânia falou sobre a “mobilização criminosa” que é também uma “mobilização para a sepultura” – uma descrição dos próprios russos, segundo Volodomyr Zelenskyy.

“As autoridades russas sabem bem que enviam os seus cidadãos para a morte. Os comandantes russos não querem saber das vidas dos russos”, criticou Zelenskyy.

Os protestos na Rússia contra essa mobilização militar continuam e, só neste sábado, terão sido detidas praticamente 800 pessoas. Mais de 2 mil detidos em protestos, desde quarta-feira.

A contestação interna estende-se aos aliados de Putin. A agência Reuters informa neste domingo que os dois legisladores mais importantes da Rússia apresentam uma série de reclamações sobre a mobilização.

Os aliados do presidente da Rússia deixaram uma ordem: as autoridades regionais devem controlar a situação e resolver rapidamente os “excessos” nesta decisão, que provocaram a ira da população russa.

Cerca de 300 mil soldados na reserva podem ser chamados para combater na Ucrânia – mas o número pode chegar ao milhão.

ZAP //

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