“Isto não é bluff”. Putin ameaça com armas nucleares e anuncia mobilização militar

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Konstantin Zavrazhin / EPA

Vladimir Putin anunciou uma “mobilização militar parcial” dos militares na reserva para a Ucrânia e ameaçou usar armas nucleares. “Isto não é bluff”, garantiu.

Era suposto ter falado na noite desta última terça-feira, mas o discurso ficou adiado para hoje. Vladimir Putin falou ao país pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.

O Presidente russo começou por dizer que o país está “unido pela grande Rússia” e disse que “é preciso passos para defender a soberania e integridade territorial da Rússia”, principalmente das repúblicas proclamadas.

“Dizem que a Rússia deve ser dividida. Apoiam bandos de terroristas no Cáucaso, perto das nossas fronteiras”, atirou Vladimir Putin, acusando ainda o Ocidente de ter reforçado o seu armamento e usado os ucranianos como “carne para canhão”.

O chefe de Estado anunciou uma “mobilização militar parcial” na Rússia, uma vez que Putin diz que o país está a ser alvo de um ataque do Ocidente. Os militares na reserva serão convocados para combater.

Este militares “terão treino para reforçar a operação militar” na Ucrânia. “O decreto da mobilização parcial já está assinado e a mobilização começará hoje mesmo”, anunciou à nação.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, confirmou a mobilização militar e realçou que vai aplicar-se apenas “àqueles que têm experiência militar prévia”. O governante avançou que existirão perto de 300 mil militares na reserva no país, que serão chamados a combate.

Putin diz ainda que Lugansk está praticamente “livre de neonazis” e que essa mesma luta continua em Donetsk.

O Presidente russo argumentou ainda que a Ucrânia estava satisfeita com os acordos de Istambul, que colocariam um ponto final à guerra. Contudo, este entendimento “não era do agrado do Ocidente”, levando a Ucrânia a “não aceitar a proposta de paz”.

Relativamente aos referendos que se vão realizar em Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk para integrar a Rússia, Putin manifestou o seu total apoio a estes territórios.

“Faremos tudo para garantir a segurança para que as pessoas possam manifestar a sua vontade”, rematou.

“Temos meios mais poderosos do que a NATO e, se tivermos de o fazer para defender o nosso território, utilizaremos todos os meios que temos à disposição. Repito: todos os meios que temos à disposição”, reforçou Putin, depois de acusar o Ocidente de “chantagem nuclear”.

“Isto não é um bluff”, vincou Vladimir Putin. “O mal pode virar-se contra eles”.

“O objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e destruir a Rússia”, avisou, acrescentando que o Ocidente “diz abertamente que em 1991 conseguiu desmembrar a União Soviética e que agora chegou a vez da Rússia”.

Em reação ao discurso desta manhã de Vladimir Putin, a embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget A. Brink, disse que o “falso referendo” que decorrerá nas regiões ocupadas pelos russos e a mobilização militar anunciada são “sinais de fraqueza e do falhanço russo”.

“Os Estados Unidos não vão reconhecer nunca a alegação da Rússia de suposta anexação de território ucraniano”, avisou Brink, afiançando que o país vai “continuar ao lado da Ucrânia durante o tempo que for preciso”.

O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, considerou que a mobilização de tropas russas é “mais um passo errado” de Putin. Também a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Gillian Keegan, salientou que “isto é claramente uma escalada” da guerra na Ucrânia.

Daniel Costa, ZAP //

22 Comments

  1. Não entendo. Durante mais de 70 anos Israel fez o mesmo ou pior à Palestina e é recompensado com todo o tipo de benefícios, inclusive ter as suas equipas a jogar nas competições europeias e participar na Eurovisão.

    Mas quando a Rússia faz o mesmo… Aí já está errado?

    Deixem-se de hipocrisias, senhores políticos.

  2. Por enquanto a guerra nuclear global não nos ameaça. Os discípulos perguntaram a Jesus: “Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar?” (Marcos 13:4, NTLH Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Jesus disse: “Quando ouvirem falar em guerras e insurreições, que o pânico não se apodere de vocês. De facto, estas coisas têm de acontecer, mas o fim [τελος – neste contexto: cumprimento (do sinal)] não chegará imediatamente.” (Lucas 21:9, O Livro)
    “Vocês ouvirão falar de guerras e ameaças de guerras, mas não entrem em pânico. Sim, é necessário que essas [todas (incluindo anunciado em Daniel 11:29)] coisas ocorram, mas ainda não será o fim [τελος – neste contexto: cumprimento (do sinal)].” (Mateus 24:6, NVT)
    A guerra nuclear global (este será o cumprimento do sinal de Jesus) vai começar com um conflito étnico: “Porquanto se levantará nação contra nação” (como em 2008 na Geórgia). (Mateus 24:7)
    O profeta Daniel escreve: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [as tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto também significa ação militar, grande crise, desintegração da União Europeia e da NATO. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa]. E entrará no sul [este será o início de uma guerra nuclear], mas não serão como antes ou como mais tarde [estas ações militares não conduzirão a uma guerra nuclear global. Esta guerra só começará após o retorno do rei do norte, e por causa do conflito étnico], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a) Desta vez será uma guerra mundial, não só pelo nome. Este será um abate mútuo. A “poderosa espada” também será usada. (Apocalipse 6:4) Jesus o caracterizou assim: “coisas atemorizantes [φοβητρα] tanto [τε] quanto [και] extraordinárias [σημεια] do [απ] céu [ουρανου], poderosos [μεγαλα] serão [εσται].” É precisamente por causa disso haverá tremores significativos ao longo de todo o comprimento e largura das regiões [estrategicamente importantes], e fomes e pestes.
    Muitos dos manuscritos contém as palavras “e geadas” [και χειμωνες].
    A Peshitta Aramaica: “וסתוא רורבא נהוון” – “e haverá grandes geadas”. Nós chamamos isso hoje de “inverno nuclear”. (Lucas 21:11)
    Em Marcos 13:8 também há palavras de Jesus: “e desordens” [και ταραχαι].
    A Peshitta Aramaica: “ושגושיא” – “e confusão” (sobre o estado da ordem pública).
    Este sinal extremamente detalhado se encaixa em apenas uma guerra.
    Mas todas essas coisas serão apenas como as primeiras dores de um parto. (Mateus 24:8)
    Este será um sinal de que o “dia do Senhor” (o período de julgamento) realmente começou. (Apocalipse 1:10; 2 Tessalonicenses 2:2)

  3. Aos defensores do Louco Putin : …. E muito fácil , defender este Doente mental , quando se vive num Pais Democrático , é (tipo brasileiros) dão a sola do Brasil para fugir a miséria , mas nos Consulados votam no benfeitor Bolsonaro que tanto fez por Eles ! …. Portanto , não hesitem , força , integrem as gloriosas forças armadas Russas !

  4. Esses bandidos monstros, nunca esperei ver na minha vida mais nenhum holocausto, nem imaginei que mais alguém neste mundo se quisesse se comparar com o Hitler e acabar como ele , se já todos vimos imensos documentários da 2ª guerra mundial, é inexplicável, para terminar se gostam do comunismo, ditaduras, regimes, vão viver para esses países e fiquem lá, que é um favor, porque para a minha família quero, liberdade, e democracia.

  5. Tiago Martins,

    A diferença é que os palestinianos querem simplesmente eliminar o povo de Israel, enquanto que nesta guerra os russos querem eliminar os ucranianos e não o contrário. Já percebeste agora a enorme diferença?!!

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