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Marcelo deixou de ser o professor simpático (e arrisca segunda volta)

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Ricardo Oliveira / Facebook

Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém no debate presidencial na RTP.

Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém no debate presidencial na RTP.

Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém protagonizaram um duelo quente, marcado por ataques pessoais, em mais um debate presidencial. A socialista manteve o professor no tom irritado e este arrisca, cada vez mais, uma segunda volta eleitoral.

Depois de Sampaio da Nóvoa ter colocado Marcelo Rebelo de Sousa em sentido, num debate onde o ex-comentador da TVI se apresentou mais agressivo do que é habitual, voltamos a ver essa faceta menos sorridente do candidato que vai em vantagem nas sondagens, mas que tem perdido algum terreno para os opositores.

Na última sondagem realizada pelo Correio da Manhã, Marcelo Rebelo de Sousa continua à frente dos concorrentes, mas com menos votos (52,9%) quando chegou a apresentar cerca de 60% das intenções de voto noutros inquéritos.

Sampaio da Nóvoa também passa à frente de Maria de Belém, com 16,9% contra 11,8% da ex-presidente do PS.

Estes dados deixam antecipar a possibilidade de Marcelo ter que ir a uma segunda volta, quando já foi dado como vencedor certo à primeira.

Maria de Belém cita Passos Coelho, Marcelo com uma tirada comunista

No duelo entre os dois candidatos conotados com o PS, Maria de Belém não manifestou uma diferenciação evidente relativamente a Sampaio da Nóvoa no confronto com Marcelo, repetindo muitos argumentos já apresentados pelo ex-reitor.

Mas, a ex-presidente do PS conseguiu manter Marcelo no tom irritado, acusando-o de fazer “intriga política” e de ter “comportamentos muito contraditórios”.

Lembrando o debate com Sampaio da Nóvoa, Maria de Belém atestou que o professor “foi confrontado e transmutou-se”, manifestando “uma dualidade” que não garante “a confiança e a maturidade para garantir a estabilidade no país”.

A socialista chegou a citar Pedro Passos Coelho, o líder do PSD, para chamar “cata-vento” a Marcelo.

A resposta do ex-comentador chegou com uma citação do comunista João Ferreira para acusar Maria de Belém de ser “uma pessoa ziguezagueante, com duas caras, que por um lado faz um discurso de esquerda e, por outro lado, tenta chamar à direita”.

“Mente sistematicamente, fingindo que não mente”, atirou ainda Marcelo, realçando que a ex-presidente do PS que “não consegue unir o partido, quer unir o país”.

“Não é não ter o apoio de António Costa, é que não tem uma palavra que não seja um apoio difuso a todos os candidatos da área, quando foi presidente do partido”, atacou também o professor.

Quanto às funções presidenciais propriamente ditas, pouco disseram os candidatos, com Marcelo a defender a importância dos consensos políticos, destacando que viabilizou três Orçamentos do governo minoritário de António Guterres.

Maria de Belém garante por seu turno que será uma voz activa no âmbito da União Europeia.

SV, ZAP

4 Comments

  1. O meu comentário é simples; Sou do centro esquerda como votante fixo. Devido à forma como o n/ PC é tão submisso á URSS, não gostei que o partido do qual sou acérrimo votante (não militante) tivesse feito o acordo que fez, pois que não acredito na boa-fé a extrema esquerda. Poderá o BE ser o mais credível? Por tal motivo lamento que nenhum dos Candidatos a P.R. seja de facto independente, pois que Marcelo não se manteve muito tempo como líder do seu próprio partido há anos atrás, como é que vai moderar um País com uma coligação á esquerda tão frágil? Será que Sampaio da Nóvoa acaba por ser o fiel da balança e a pessoa que não sendo político tem mão no volante deste FERRARI???

  2. O Marcelo está apenas a ser vítima de uma campanha orquestrada por toda a esquerda onde os seus vários candidatos parte deles candidatos apenas à desistência ou a nada recorrem à calúnia para atacar Marcelo sem sequer dar oportunidade a este de apresentar as suas ideias já que eles também não apresentam as suas simplesmente por falta delas, têm sido uns debates nojentos e vazios de ideias mas é gente desta que se imagina competente para presidente com o aval de certos partidos de assalto.

  3. A grande maioria dos portugueses tem a mesma atitude para a política tal como tem para o futebol. Apoiam sempre os mesmos, razão pela qual o País (e o futebol) não sai do marasmo.

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