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Costa não queria ajuda do PSD, mas já vai precisar dela

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O PS vai precisar do apoio dos deputados da Direita para levar a cabo várias nomeações que exigem uma maioria de dois terços no Parlamento.

Estão em causa as nomeações para os cargos de Provedor de Justiça e de presidente do Conselho Económico e Social e ainda a escolha dos elementos para a Entidade Reguladora da Comunicação Social, bem como 10 dos 13 juízes que constituem o Tribunal Constitucional e 7 vogais do Conselho Superior de Magistratura.

Estas nomeações exigem a aprovação por parte de uma maioria de dois terços no Parlamento, ou seja, de 153 deputados do universo total de 230, conforme evidencia o Jornal de Notícias na sua edição impressa desta quarta-feira.

A maioria de esquerda conta apenas com 122 deputados, pelo que António Costa vai precisar de 31 votos da direita para poder passar as suas nomeações.

António Costa disse, no dia em que foi indicado como primeiro-ministro por Cavaco Silva, que não tinha pedido “a mão ao PSD”. Mas o líder dos socialistas poderá vir a precisar dela.

Todavia, este eventual entendimento com os sociais-democratas não se adivinha fácil, até face à “batalha” que os dois partidos travam quanto aos lugares no Conselho de Estado.

O PS já terá comunicado ao PSD que pretende a maioria dos cinco lugares que o Parlamento elege para o órgão político de consulta do Presidente da República.

Mas sendo o PSD o partido mais votado da Assembleia da República a questão não se adivinha pacífica.

O Bloco de Esquerda já anunciou que quer um lugar no Conselho de Estado e surge a possibilidade de um entendimento à esquerda para a elaboração de uma lista conjunta.

A eleição dos cinco conselheiros é no próximo dia 18 de Dezembro, mas as listas candidatas deverão chegar ao Parlamento até ao dia 16.

ZAP

13 Comments

  1. O PSD não deve dar a mão a este tipo de gentalha. O AC não quiz tudo sem que p/ isso tivesse os votos dos portugueses? Então agora q precisa do PSD que se entenda c/ os “amigos” dele…

    • O quê?!
      Mas qual dar a mão?!
      Tem é que fazer a sua obrigação como deputados eleitos pelo povo e mais nada!
      .
      Já chegar de ver tristes ignorantes como tu que não sabem distinguir entre os interesses manhosos dos partidos e os interesses do país!!

  2. Eu não aguento tanta pinpineira jornalística. Ou antes entendo que com a tanga das maiorias absolutas a falta de respeito pela democracia parlamentar se generalizou e passou a fazer parte do imaginário geral. Por favor, senhores jornalistas não façam de factos normais da vida democrática, títulos de caixa alta, como de aberrações, subalternidades ou fracassos se tratasse. Um pouco de senso não ficaria mal. Afinal todos precisamos de um país melhor, mais justo e até os senhores, neste contexto, ficariam mais livres…

    • Mas será então que o consenso só tem validade quando se trata de defender interesses de esquerda mesmo quando esta em forma de assalto tomou conta do Poder e arrogando-se em dona e senhora de toda a verdade menosprezando mesmo os verdadeiros vencedores.

  3. Não esquecer que o Srº Silva substituiu á uns anos , o conselheiro da área do PC pelo “empresário de sucesso” (palavras do Coelho) Dias Loureiro; boa escolha, pessoa idónea e honesta, que muito “deu” a Portugal lololololo.

  4. Vamos então aguardar para ver como o Psd escolhe o melhor para o país. Ou o altruísmo político só lhe cabe para reforçar os seus interesses ?

  5. Parte dos nossos problemas enquanto país reside no facto de haver muita gente convencida que Portugal se “faz grande” ou “puro” com “respeitosos cumprimentos” a sublinhar “consensos” abstratos.
    O desconhecimento da política, aquele que resulta da interpretação emocional e afectiva das cores, leva a que alguns embriagados pela cor… Então não foi com pompa e arrogância que o A.Costa casado com a Catarina e com o sorumbático do pcp disse à boca cheia e aos quatro ventos que não dava a mão à dirª gozando com os deveres éticos e morais em política?
    Enquanto o eleitorado não estiver suficientemente preparado para antecipar este tipo de políticos, Portugal não passará de um país de “grupos” – O grupo primeiro.

  6. O PSD/CDS só deverão dar a mão desde que garantam a prevalência das suas ideias e em uníssono com os interesses nacionais, jamais deixar-se cair na tentação desses assaltantes de esquerda que só vêm os interesses pessoais e partidários acima dos nacionais, nada de fazer fretes a gente oportunista!.

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