A acusação do Ministério Público contra José Sócrates assenta em grande parte nas inúmeras horas de escutas telefónicas feitas aos seis telemóveis que o ex-governante usava antes de ser detido, em Novembro de 2014.
Segundo o Correio da Manhã, foram as escutas telefónicas a estes seis telemóveis que fundamentaram as suspeitas do Ministério Público e a tese de que Carlos Santos Silva era um mero “testa-de-ferro” do ex-governante.
O jornal nota que essas escutas permitem atestar a vida faustosa que Sócrates levava em Paris, com gastos avultados, e ainda confirmar que ele movimentava como bem queria o dinheiro das contas de Carlos Santos Silva.
A título de exemplo, avançado pelo mesmo diário, entre Março de 2011 e Abril de 2013, José Sócrates terá gasto 61 mil euros usando dois cartões de crédito.
Só numa estadia no Brasil, o ex-primeiro-ministro terá gasto mais de 10 mil euros em roupa.
São ainda referidos os gastos elevados em hotéis de luxo em Lisboa e as transferências de montantes elevados feitas pela mãe de Sócrates, Maria Adelaide, para as contas do ex-primeiro-ministro, após a venda de um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa.
O jornal avança mesmo que “a mãe de Sócrates geria fortuna sem ter dinheiro“, sublinhando que Maria Adelaide declarava apenas “2800 euros por ano e tinha participação em empresa falida”.
Apesar deste quadro de suspeitas por branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção, ainda não foi deduzida acusação contra José Sócrates.
Este facto revolta os seus advogados, João Araújo e Pedro Delille, que consideram que o prazo legal para a conclusão do inquérito judicial já se esgotou, conforme apontam numa nota enviada às redacções e publicada por vários jornais.
“Dois anos e meio. Nem factos, nem provas, nem acusação”, lamentam os advogados de Sócrates, acusando o Ministério Público de ter investigado “o que quis, como quis, com o que quis” e de, mesmo assim, não ter chegado a qualquer conclusão.
ZAP
Qual foi o juiz que ordenou ou autorizou estas escutas? Foi o Carlinhos? O CM não diz!
“Dois anos e meio. Nem factos, nem provas, nem acusação”.
É exactamente o que diz a defesa… Será que a defesa precisa de papagaios?
E mesmo assim não arranjou provas….?????
Sabe lá! O que não sabe é o que está consolidado no processo nem o que são prazos processuais. Isso é de certeza! E com certeza o desconhecimento nunca foi premissa para postas de pescada.
Será que pode haver seriedade numa pessoa que já fora do cargo politico tenha necessidade de usar 6 seis telemoveis sem ter intensões criminosas no cartório???.
Para mim era prova mais que suficiente para o julgar e condenar,que eu saiba é
imposivel ter mais que duas mãos e dois ouvidos.
Assim funcionam as organizaçoes criminosas, telemoveis descartaveis nao identificados para nao deixarem pistas….