Vem aí um novo programa de estágios para desempregados de longa duração com mais de 30 anos de idade. A medida está a ser preparada pelo governo e já acolhe as críticas das centrais sindicais.
Esta nova bolsa de estágios destina-se a candidatos com mais de 30 anos que estejam desempregados há mais de um ano.
Este programa, denominado “Reativar”, de acordo com a imprensa desta terça-feira, propõe estágios de seis meses com uma bolsa de remuneração entre os 419 e os 692 euros brutos, subsídio de alimentação e, nalgumas circunstâncias, ainda subsídio de transporte.
Os candidatos podem também ser emigrantes de volta a Portugal, caso estejam inscritos nos centros de emprego de outros países.
O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai comparticipa 65% do valor da bolsa, ficando o restante a cargo das empresas. Mas, em determinadas situações, essa comparticipação pode subir, nomeadamente quando os estagiários tenham mais de 45 anos, estejam desempregados há mais de dois anos ou sejam vítimas de violência doméstica. Nestes casos, o IEFP suporta 80% dos custos.
A comparticipação do IEFP pode ainda aumentar caso as empresas onde se realizem os estágios tenham menos de 12 empregados e estejam a candidadatar-se, pela primeira vez, a uma bolsa de estágios.
A medida governamental em preparação merece já a crítica das centrais sindicais.
Pela parte da CGTP, Arménio Carlos diz na TSF que esta bolsa de estágios “só serve para manipular números em ano de eleições”. O sindicalista refere ainda que o programa vai motivar as empresas a terem “empregados de seis meses em vez de trabalhadores permanentes”.
Na UGT, Luís Correia considera que “a medida é pontual e não resolve o problema de fundo”, cita a TSF.
ZAP
Eu pensava que o estagio era dirigido a quem tendo uma formação profissional ou academica, necessitasse de ter alguma experiencia para ingressar no mercado de trabalho.
Isto cheira-me dar estagio a um desempregado de longa duração é dar-lhe certificação para continuar desempregado por muito mais tempo,e apesar de não gostar do Arménio, sou obrigado a dar-lhe razão
Mais uma medida para conquistar votos em ano de eleições, apresentar resultados falsos afirmando que o desemprego desceu vertiginosamente durante o seu mandato, sendo uma medida que em nada vai melhorar a vida dos portugueses. Haverá, eventualmente, algum aproveitamento por parte de algumas empresas que conseguirão, quase a custo zero, trabalho de profissionais muitas das vezes com formação superior, que no final do dito estágio ficarão novamente desempregados, a ganhar zero e com uma frustração 6 vezes maior do que antes…