Metade dos mobilizados de Khabarovsk chamada por engano. Mapa mostra recuperação da Ucrânia

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Marco Fieber / Flickr

Khabarovsk, Rússia

Centro de logística da Rússia, em Lyman, estará totalmente controlada pelos ucranianos. Filhos menores de Kadyrov na linha da frente.

A Ucrânia continua a avançar, a conquistar territórios, nas zonas que foram a votações na semana passada e que terão dito “sim” à anexação pela Rússia.

Neste fim-de-semana o exército ucraniano cercou Lyman, na região de Donetsk, o que originou a retirada dos militares russos.

Lyman é uma cidade importante na estratégia russa: é um centro logístico importante – que agora estará sob controlo total dos ucranianos.

Esta poderá ser uma das maiores conquistas ucranianas nos últimos tempos, porque assim condicionam a logística militar russa numa área considerável da zona Leste da Ucrânia.

Volodymyr Zelenskyy assegura que a Ucrânia está a atacar, e a conquistar, diversos locais que foram anexados pela Rússia – embora sem reconhecimento internacional.

avanços igualmente na região Kherson, com reconquista de pequenas cidades, e Kherson está novamente numa situação tensa.

Vladimir Saldo, responsável russo na região, admitiu no canal Russia 24 que os ucranianos avançaram: “Vamos colocar isto desta forma: está tenso“.

O canal televisivo Nexta, da Bielorrússia, partilhou um mapa que mostra o avanço da Ucrânia ao longo do último mês:

Enganos e menores na guerra

O ministério da Defesa do Reino Unido revelou nesta segunda-feira que Vladimir Putin reconheceu muito rapidamente – e “invulgarmente” – que há problemas na mobilização militar parcial anunciada há duas semanas.

O presidente da Rússia admite erros e um dos erros, continuam os britânicos, foi chamar pessoas para a guerra que não estão aptas para combater.

Essas falhas são destaques nas últimas horas, já que cerca de 300 habitantes de Iacútia foram chamados por engano – já voltaram para a casa, informou a estação estatal russa de televisão.

Em Khabarovsk a escala foi outra: metade das pessoas convocadas para a guerra não está em condições para o efeito.

O erro foi admitido pelo governador local Mikhail Degtyarev, que acrescentou que as pessoas voltaram para casa e que demitiu Yury Laiko, comissário militar da região.

Quem vai lutar pela Rússia são os três filhos de Ramzan Kadyrov, líder da Chechénia: “Vão para a linha da frente e vão estar nas secções mais difíceis na linha de contacto”.

Os três filhos de Kadyrov são menores.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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