Centro de logística da Rússia, em Lyman, estará totalmente controlada pelos ucranianos. Filhos menores de Kadyrov na linha da frente.
A Ucrânia continua a avançar, a conquistar territórios, nas zonas que foram a votações na semana passada e que terão dito “sim” à anexação pela Rússia.
Neste fim-de-semana o exército ucraniano cercou Lyman, na região de Donetsk, o que originou a retirada dos militares russos.
Lyman é uma cidade importante na estratégia russa: é um centro logístico importante – que agora estará sob controlo total dos ucranianos.
Esta poderá ser uma das maiores conquistas ucranianas nos últimos tempos, porque assim condicionam a logística militar russa numa área considerável da zona Leste da Ucrânia.
Volodymyr Zelenskyy assegura que a Ucrânia está a atacar, e a conquistar, diversos locais que foram anexados pela Rússia – embora sem reconhecimento internacional.
Há avanços igualmente na região Kherson, com reconquista de pequenas cidades, e Kherson está novamente numa situação tensa.
Vladimir Saldo, responsável russo na região, admitiu no canal Russia 24 que os ucranianos avançaram: “Vamos colocar isto desta forma: está tenso“.
O canal televisivo Nexta, da Bielorrússia, partilhou um mapa que mostra o avanço da Ucrânia ao longo do último mês:
This is how the Armed Forces of #Ukraine liberated Ukrainian territories from September 1 to October 1 on the map. pic.twitter.com/juplqZFJLO
— NEXTA (@nexta_tv) October 2, 2022
Enganos e menores na guerra
O ministério da Defesa do Reino Unido revelou nesta segunda-feira que Vladimir Putin reconheceu muito rapidamente – e “invulgarmente” – que há problemas na mobilização militar parcial anunciada há duas semanas.
O presidente da Rússia admite erros e um dos erros, continuam os britânicos, foi chamar pessoas para a guerra que não estão aptas para combater.
Essas falhas são destaques nas últimas horas, já que cerca de 300 habitantes de Iacútia foram chamados por engano – já voltaram para a casa, informou a estação estatal russa de televisão.
Em Khabarovsk a escala foi outra: metade das pessoas convocadas para a guerra não está em condições para o efeito.
O erro foi admitido pelo governador local Mikhail Degtyarev, que acrescentou que as pessoas voltaram para casa e que demitiu Yury Laiko, comissário militar da região.
Quem vai lutar pela Rússia são os três filhos de Ramzan Kadyrov, líder da Chechénia: “Vão para a linha da frente e vão estar nas secções mais difíceis na linha de contacto”.
Os três filhos de Kadyrov são menores.
Ucranianos, não matem os três menores. Capturem-nos como troféu e depois troquem-nos pelo pai.