O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal aplicou esta segunda-feira a prisão preventiva a José Sócrates como medida de coação, no âmbito de um processo por crimes económicos, indicou o advogado à saída do Campus de Justiça, em Lisboa.
O advogado de José Sócrates, João Araújo, revelou aos jornalistas, à saída do Campus de Justiça, a medida de coação aplicada ao ex-primeiro-ministro.
João Araújo disse aos jornalistas que “a decisão é profundamente injusta e injustificada” e que irá “interpor recurso”.
A decisão foi revelada por João Araújo às 22h20, quase quatro horas depois de ter sido anunciada a sua revelação “para dentro de alguns minutos”.
Esta era a medida de coação mais pesada que podia ser aplicada aos arguidos no processo.
Às 22h30, Teresa Santos, escrivã do tribunal, iniciou a leitura de um comunicado oficial das autoridades judiciais.
Segundo o comunicado, José Sócrates, o empresário Carlos Santos Silva e o motorista João Perna ficam em prisão preventiva, indiciados por fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais. Ao motorista de Sócrates foi também imputado o crime de “detenção de arma proibida”.
O advogado Gonçalo Trindade Ferreira ficou com medida de termo de identidade e residência, com proibição de se ausentar do país, devendo entregar o passaporte ao tribunal, e proibição de contactos com os restantes arguidos.
À partida, a prisão preventiva pode ser estendida até um ano e meio, mas o prazo pode estender-se a dois anos, em caso de crime comprovado, ou 40 meses, por excecional complexidade do caso. As medidas de coação serão reavaliadas pelo tribunal de três em três meses.
ZAP / Lusa
Eu acredito que ele seja culpado dos crimes de que é acusado, mas julgue-se em tribunal.
Tambem gostaria de ver esta ação contra outros ex ou atuais governantes que terão ganho fortunas pelos mesmos metodos, que eu não consigo nomear mas que a policia saberá quem são.
Tambem acho muito conveniente que após uma semana negra para o governo com todas as vergonhas por que passou, logo por acaso esta tinha sido a altura escolhida para prender o homem, claro que foi coincidencia, nem me atrevo a sugerir que a politica e a justiça andam de mãos dadas.
Mas que deu um jeitaço, lá isso deu.