Em nome da economia, o Governo quer a realização de eleições antecipadas o mais depressa possível numa altura de impasse político. Mas o PCP e o Bloco de Esquerda estão mais interessados em evitar esse cenário, considerando que não é “necessário” fazer eleições.
O ministro das Economia, Pedro Siza Vieira, é o porta-voz da urgência que o Governo tem em marcar eleições antecipadas, perante o provável cenário de dissolução da Assembleia da República depois do chumbo ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
“Quanto mais cedo houver eleições, melhor é”, constata o governante em declarações à RTP3, frisando que o sufrágio deve acontecer “o mais rapidamente possível” para haver uma “clarificação” e, assim, “superar esta incerteza que tem um impacto negativo sobre a economia”.
Siza Vieira chega até a apontar “a primeira quinzena de Janeiro” como uma boa altura para as eleições, considerando que “não podemos perder tempo” e que “é o mais adequado para mitigar os impactos negativos”.
PCP e Bloco querem um novo Orçamento
Mas do lado do PCP e do Bloco de Esquerda o discurso passa por sublinhar que não é necessário fazer eleições. Os dois partidos consideram que pode ser apresentado um novo Orçamento do Estado para evitar a dissolução do Parlamento, conforme avança a SIC Notícias.
No PAN, também Inês Sousa Real apoia um cenário que evite eleições antecipadas.
Os três partidos de esquerda vão marcar esta posição conjunta nas reuniões deste sábado entre o Presidente da República e os vários partidos políticos.
Jerónimo deixa avisos a Marcelo
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, já defendeu que se o Presidente da República decidir marcar eleições legislativas “sem necessidade” deve “assumir essa responsabilidade” e marcá-las “rapidamente”, porque “não seria compreensível” arrastar o processo para “favorecer estratégias estranhas”.
Num comício do PCP em Évora, Jerónimo de Sousa afirmou que o partido não deseja eleições, “nem elas são inevitáveis”, porque “nada obriga a que da rejeição” do OE2022 “resulte a necessidade de dissolução da AR e de convocação de eleições”.
Mas se Marcelo “mantiver a intenção de convocar eleições sem necessidade para o fazer, se decidir introduzir elementos de instabilidade, então tem de assumir essa responsabilidade e retirar daí também as inevitáveis consequências de forma clara e com brevidade”, defendeu o líder comunista.
“Existem soluções políticas, no quadro da Constituição da República, que não obrigam à realização precipitada de eleições”, disse ainda.
“Não seria compreensível que [Marcelo Rebelo de Sousa], depois de acenar com o fantasma da instabilidade e dos prejuízos para o país que significa não ter orçamento durante meses, agora quisesse arrastar o processo, para favorecer estratégias que são estranhas aos interesses do povo português”, concluiu Jerónimo de Sousa.
O membro da comissão política e do comité central do PCP Vasco Cardoso reforçou as palavras do líder, salientando, em entrevista à TSF, que o partido pensa que “não é necessário” realizar eleições.
O que faz falta “são respostas” que “podem ser tomadas mesmo não havendo, para já, OE”, sublinhou Vasco Cardoso.
“Quando alguns procuraram saltar etapas e de certa forma criaram um elemento de desestabilização e de crise, o PCP esteve sempre concentrado nas respostas aos problemas das pessoas”, apontou ainda.
BE diz que eleições só vão acontecer por vontade de Costa e Marcelo
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, também realçou que “não é uma inevitabilidade que do chumbo do OE haja dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições”.
Para o líder bloquista, se esse cenário avançar, será por vontade de António Costa e de Marcelo Rebelo de Sousa.
Pedro Filipe Soares assumiu que na conferência de líderes desta quinta-feira, o Bloco defendeu que “os processos legislativos pendentes deverão ser concluídos“, defendendo a necessidade de ver vários diplomas aprovados, como é o caso da legislação sobre eutanásia.
ZAP // Lusa
Só pode ser piada.
Os esquerdinos não se uniram. E estão convencidos que vão ter um grande resultado eleitoral. De certeza que os partidos de direita se vão unir e fazer, nem que seja, uma geringonça á direita.
Não tenha dúvidas! A direita sempre foi unida, pois o “cacau” une os ambiciosos, os ditadores e os egoístas. Quanto á extrema esquerda, apesar de fazerem falta, nunca se poderá confiar, querem tudo e mais alguma coisa sem pagar impostos. Por isso mesmo, este Mundo nunca se irá endireitar! Vote num partido do centro, vote PS, que apesar de ter Costa, também tem Centeno!
Ah! Ah! Ah! O chamado “cacau” une-os a todos, sem exceção. Vai do be ao chega. É só estar atento às notícias que vão correndo!!!
Seria bom que o PC e o BE passassem a assumir as responsabilidades das suas decisões imaturas ou oportunistas. Passam o tempo a depreciar o governo, encurralam-no num beco sem saída e depois ainda querem continuar a fritá-lo lentamente porque sonham com uma qualquer fuga de votos do centro.-esquerda para a esquerda. Isso não vai acontecer. Vão a votos como gente crescida.
Concordo plenamente. Votam contra e agora não querem eleições? Estão a ver as sondagens e estão com medo da cabazada que vão levar. Sejam gente crescida e assumam as responsabilidades,
Precisamente. Agora estão com medo da cabazada, ou, se este OE não era suficientemente bom para eles, talvez a direita apresente outro que lhe convenha mais …
Ingenuidade sua. Quem proVocou a crise (premeditada) foi o PS
O PAN não é um partido de esquerda, nem de direita. Mau jornalismo. Uma mentira repetida muitas vezes não se torna verdade.
De facto o PAN é um partido de “naturalistas/animalistas” de cidade. Do campo e da sua real vida conhecem apenas a paisagem.
Quando se apoia um OE só porque o governo proíbe a entrada nas corridas de touros a menores de 16 anos, está tudo dito.
Isso é ignorância. Sugiro que se informe.
Os valores do PAN são todos de esquerda. Por isso, quer queiram quer não queiram, o PAN é um partido de esquerda. Aliás o único partido de esquerda que se mostrou responsável.
Quem nos levou a esta situação é que tem de assumir os seus atos, não é exigir aos outros e não fazer, incutir aos outros as nossas responsabilidades.
O PCP e o Bloco estão agora a cair na realidade e a ver o erro que cometeram. Serão dos partidos mais penalizados, o PCP porque é algo arcaico que já não existe em quase lado nenhum na Europa evoluida e o BE porque esta esquerda moderna tornou-se extremista, bem mais extremista à esquerda que o Chega à direita. Logo são dois partidos que pouca ou nenhuma falta fazem. O PAN, mais esperto. já viu que também ira perder muito, mas esses souberam desde sempre e viabilizavam o orçamento. As sua posições extremistas e fundamentalistas também sõ são acolhidas por alguns radicais , baixarão certamente. O PS poderá ganhar com as perdas destes três partidos. Mas a enorme carga de impostos indirectos que temos talvez façam as pessoas ver que nem todos os impostos são de percepção geral mas que apesar disso se sentem e bastante na carteira. Tornou-se um partido que se confunde com o Estado, Provavelmente ganhará as eleições de novo, mas para que continuem a governar alguém terá de perder a face, ou o PS fazendo um orçamento ainda mais à esquerda para nos endividar mais, ou o PCP e BE terão de aceitar algo que não aceitaram antes e desta vez em piores condições. A direita é dificil saber o que se vai passar, certamente o Chega e a Iniciativa Liberal vão subir, PSD e CDS são uma incognita e poderão nada ganhar com estas eleições apesar de grandes esperanças.
Uma opinião que a meu ver, comungo plenamente. Apenas acrescento que a intenção de se fazer novo OE, afirmado pelos dois extremistas, é precisamente aquilo que refere. Têm medo da perda de eleitorado e estão agora, (de vez) a ver a porcaria que fizeram. Também acho que o PC já deveria estar enterrado e o BE se é como querem, lá está; são mais radicais à esquerda que o Chega à direita.
Muito bem visto!
Excelente análise.
Não acrescentaria uma vírgula.
Era o que mais faltava. Andam aqui a brincar com a vida dos Portugueses e agora ainda vêm com esta. É preciso ter muita lata, descaramento e falta de vergonha!
Eleições… e quanto mais rápido melhor!
PCP e BE, indo à eleições, perdem deputados.
Precipitar-se. Correm o risco do PS ganhar mais votos e ganhar até com maioria absoluta.
PSD anda nervoso, porque alguém resolveu desestabilizar o PSD. CDS, está condenado a desaparecer.
O Chega, tão depressa veio, tão depressa se esgotou, não sai mais sumo dali.
O IL, vai enganando os mais distraídos, com frases de marketing e não fala a verdade aos portugueses….tanto liberalismo, escolas pagas pelas famílias, saúde paga pelas famílias…tudo entregue aos privados à moda dos EUA, quem tem dinheiro, safa-se, mas a maioria dos portugueses não tem dinheiro para pagar escola aos filhos, não tem dinheiro para pagar ao médico, caso dê uma dor de barriga, onde a protecção social não existe….é por isso que os americanos são considerados o povo mais infeliz do mundo, milhões de sem abrigo, gente a morrer às portas dos hospitais e elevado número de criminalidade!
Só os filhos e afilhados do PS
Vivem bem
nota-se que é mesmo esquerdista, o IL defende saúde para todos utilizando todo o sistema instalado publico e privado, uma pessoa que chegue ao Hospital com uma doença que necessite operação, não é como hoje com a ideologia de esquerda só publico, tem de esperar 2 anos e até lá morre, o estado tem de garantir o tratamento dentro dos limite de cura da doença se não consegue tem os acordos com os privados e a pessoa é tratada no privado sem esperar pelos 2 anos como hoje acontece.
Estamos a afundar-nos num processo Kafkiano. Isto é, num absurdo induzido pela esquerda totalitarista e pela esquerda anquilosada. E ainda há quem no PS defenda que o partido deve posicionar-se mais à esquerda.
Está mesmo tudo louco a brincar com a realidade de um país que nos últimos 2/3 anos se tem afundado económica e socialmente.
Consequência da nova moda de pesada intervenção estatal e de tentativa de regulação do pensamento com base no principio de que “quem pensa como nós queremos é bom, quem pensa de forma diferente è mau”…
Acagaçados por poderem – muito provavelmente – vir a desaparecer do panorama parlamentar!!!
Como diz um velho provérbio, o comboio não passa duas vezes, mas o PCP e o Bloco esqueceram-se disso quando agora pedem novo orçamento, não pensaram um bocadinho na armadilha em que caíram, agora podem chorar lágrimas de crocodilo, mas já é tarde. Como diz outro provérbio, quem tudo quer tudo perde…
Talvez o BE e o PCP devessem ter pensado nas consequências do seu bloqueio, antes de inviabilizarem o OE. Agora vão perder votos e assentos na AR, e talvez até consigam um governo do PS com o PAN…
Eleições sim, se têm medo de perder deputados com assento parlamentar, apresentassem um orçamento com base no desenvolvimento do país e das empresas e o fim da burocracia que Portugal sofre, isso seria o desejável.
O povo merece saber e devia exigir qual dos partidos políticos PS e PSD apresenta o melhor orçamento. E já agora os deputados não deviam ter direito ao salário até às eleições, quem não produz também não recebe.
Os únicos responsáveis pela crise são PS e António Costa, logo à partida escolheram aliar-se à extrema-esquerda recusando qualquer diálogo à sua direita, portanto com tanta arrogância imaginavam dominar uns e atirar outros para o lixo, acabaram por ser eles próprios a cair no atoleiro, agora que o povo consiga reconhecer a origem do problema e penalize os culpados!