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Hoje é o primeiro dia da Amazon sem Bezos. Andy Jassy assume o leme

rwoan / Flickr

Jeff Bezos, CEO da Amazon

Jeff Bezos abandona o cargo de presidente executivo (CEO) da Amazon no mesmo dia em que a empresa completa 27 anos.

Em fevereiro, a Amazon anunciou que Jeff Bezos iria abandonar o cargo de presidente executivo (CEO) da empresa. O dia chegou.

“Estou animado em anunciar que neste terceiro trimestre farei a transição para Presidente Executivo do Conselho da Amazon e Andy Jassy tornar-se-á CEO. Na função de Presidente Executivo, pretendo concentrar as minhas energias e atenção em novos produtos e iniciativas”, lia-se na carta que Bezos escreveu aos funcionários.

O fundador abandona, esta segunda feira, o cargo de diretor-geral para dedicar-se a outros projetos e viaja para o Espaço dia 20 de julho. Ainda assim, Bezos vai assumir um papel fundamental na empresa que fundou, permanecendo como presidente executivo do conselho de administração.

Segundo o Jornal de Negócios, a data é simbólica: o empresário sai de cena no dia em que se assinalam os 27 anos da companhia.

O futuro é incerto e cheio de desafios para o novo CEO. Andy Jassy “deverá ter a responsabilidade de manter os bons e sólidos resultados dos últimos anos, que a empresa tem alcançado de forma consistente”, salientou o analista Henrique Tomé, da XTB, ao Negócios.

“Sendo a Amazon uma marca de referência a nível mundial, a pressão para que se mantenha a atual imagem que a empresa tem – ou melhore – será constante“, frisou.

Um dos desafios apontados está relacionado com os relatos de condições intensas de trabalho e salários baixos, que levaram à tentativa de criação de um sindicato na operação de Alabama.

“Abordar esta questão será certamente um dos maiores objetivos do novo CEO”, indicou Pierre Veyret, analista da ActivTrades, em declarações ao diário económico.

A par da inovação, a abordagem a novos mercados é outro grande desafio. “A Amazon não quer repetir o falhanço registado na China, quando em 2004 exportou o mesmo modelo dos EUA para o gigante asiático”, explicou Veyret.

Na ótica do analista, uma aposta poderia ser a repetição do modelo de entrada na Índia, em 2013: a empresa “injetou milhares de milhões de dólares a adaptar os seus serviços e ofertas para estar mais perto dos consumidores locais”.

Andy Jassy terá também pela frente o acordo no tema dos impostos digitais, numa altura em que 130 países subscreveram a proposta da OCDE para taxar as multinacionais.

ZAP //

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