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Alargamento de testes. Escolas, prisões e lares vão ter rastreios a cada duas semanas

Guillaume Horcajuelo / EPA

Os estabelecimentos de ensino com estudantes do ensino secundário, prisões e outros locais considerados de “elevada exposição social”, como as fábricas e construção civil, nos concelhos com mais de 480 casos por 100 mil habitantes vão ser alvo de testes a cada duas semanas.

De acordo com a TSF, que avança a notícia esta sexta-feira, os concelhos com mais de 480 casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias vão ter rastreios laboratoriais regulares da covid-19, com testes rápidos, nos estabelecimentos de ensino com estudantes do ensino secundário, prisões e outros locais considerados de “elevada exposição social”, nomeadamente fábricas e construção civil.

Outras instituições de apoio ou acolhimento a populações mais vulneráveis também serão sujeitas a rastreios periódicos aos residentes, utentes e profissionais: lares de idosos, Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Instituições Sociais de Acolhimento ou Apoio Social e os Centros de Acolhimento de Migrantes e Refugiados.

Estes últimos casos, contudo, não se vão restringir aos concelhos com mais de 480 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

A periodicidade dos testes anteriores deverá ser a cada duas semanas.

Estas novidades foram publicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) na nova Estratégia Nacional de Testes para o SARS-CoV-2.

A DGS publicou a norma que alarga a testagem à covid-19 a todos os contactos, incluindo a realização de testes moleculares aos de baixo risco “no momento da identificação” do contacto.

De acordo com a norma relativa ao rastreio de contactos no âmbito da pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2, que produz efeitos às 0h da próxima segunda-feira, dia 15, “os contactos de baixo risco devem realizar teste para SARS-CoV-2 (testes moleculares) no momento da identificação do contacto”.

O documento também explicita que “em situações de cluster ou de surto todos os contactos” devem fazer “teste laboratorial para SARS-CoV-2 (testes rápidos de antigénio), o mais cedo possível, que podem ser repetidos sequencialmente, sob a coordenação das autoridades de saúde”.

A entidade tutelada por Graça Freitas explicitou que, “atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência” das estirpes detetadas em outros países e que, entretanto, já se disseminaram por Portugal, quer pela “diminuição da incidência diária” de infeções, a DGS iria atualizar as orientações.

O alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco), a disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e a implementação de rastreios regulares com TRAg em escolas e setores de atividade particularmente expostos (funcionários de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outro) vão ser promovidos.

A Direção-Geral da Saúde acrescentou que a utilização de TRAg foi “progressivamente alargada”, quer ao nível dos locais onde os TRAg podem ser feitos, “quer ao nível dos profissionais que os podem realizar”.

No mesmo dia, a ministra da Saúde defendeu a necessidade de uma testagem massiva e não descartou a possibilidade de se fazer testes grátis.

“Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis, independentemente das recomendações que recebemos recentemente”, afirmou Marta Temido na Comissão de Saúde, na Assembleia da República.

Maria Campos, ZAP // Lusa

 

 

 

 

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