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Sem “grandes festas, beijos e abraços”, Europa aligeira medidas para um Natal diferente

Maxim Shipenkov / EPA

A um mês do Natal, os portugueses ainda não sabem como será celebrado. No entanto, pela Europa, alguns países já começaram a delinear as medidas que vão marcar as festividades – que não serão nada iguais a 2019.

De acordo com a emissora britânica BBC, o Reino Unido é dos países que já tem as medidas para o Natal mais bem delineadas.

Os britânicos vão poder celebrar o Natal misturando até três agregados familiares. As restrições às deslocações vão ser levantadas para que as pessoas possam deslocar-se até às suas famílias. Durante este período, o objetivo é que os cidadãos não se desloquem a restaurantes nem a bares.

Na Alemanha, segundo a agência Deutsche Welle, as regras ainda estão a ser estudadas, mas deverá ser permitido que dois agregados familiares se juntem na mesma casa no Natal – num máximo de 10 pessoas, sem contar com as crianças com menos de 14 anos.

Após o Natal e Ano Novo, as pessoas serão encorajadas a isolarem-se voluntariamente.

Até lá, o país vai alargar o confinamento parcial até meados de dezembro para travar a taxa de infecção pela covid-19 antes do Natal.

Já segundo o jornal espanhol El Mundo, a vizinha Espanha terá regras mais apertadas. O Natal deverá ser limitado aos membros do mesmo grupo de convivência e, se houver  um membro externo, o limite será de seis pessoas.

Assim, uma família de 10 pessoas poderá celebrar o Natal junta, uma vez que já vivem todos juntos.

O Governo de Pedro Sánchez pretende aligeirar o recolher obrigatório. Na noite de Natal, de 24 para 25 de dezembro, assim como no Ano Novo, o recolher obrigatório será à 1h da manhã – atualmente, é às 23h.

De acordo com o El País, porém, o governo de Madrid quer aligeirar as restrições e vai propôr ao executivo que as reuniões possam ser alargadas a 10 pessoas e a hora de recolher obrigatório seja alterada para a 1h30.

Na Bélgica, as famílias preparam-se para assinalar a data limitadas aos seus núcleos mais restritos – os elementos que partilham a mesma casa sem direito a fazer ou a receber visitas. Uma sondagem feita pela Universidade de Amberes revela que 86% dos belgas estão resignados a ficar em casa no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau, a data em que as crianças recebem os presentes na Bélgica.

Em Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conte já prepara os italianos para um Natal “mais sóbrio”. “Não serão possíveis grandes festas, beijos e abraços”, avisou, sabendo-se que as medidas de restrição em vigor se vão manter, pelo menos, até ao final da quadra.

No final de outubro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen já tinha avisado os europeus: “Há semanas, disse que este Natal seria diferente. E sim, será mais sossegado”, apontou. “Sei que os comerciantes, empregados de bar e funcionários dos restaurantes querem o fim das restrições. Mas temos de aprender com o verão e não repetir os mesmos erros. Relaxar muito as medidas e demasiado depressa é um risco para uma terceira vaga depois do Natal.”

ZAP //

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