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Marcas voltam aos combustíveis. Não é um retrocesso

ZAP

Há modelos de carros eléctricos com saldo negativo para as empresas. Chegou a altura de mudar a estratégia.

Volvo, BMW, Mercedes, Toyota, Mazda, Volkswagen, Audi ou Renault. Todas estas grandes marcas de carros estão a mudar a estratégia a curto prazo.

Os carros eléctricos não passaram a ser parte do passado, mas é visível um recuo na aposta da electrificação.

As marcas estão de volta aos combustíveis. E não é um retrocesso, explica o ACP – Automóvel Club de Portugal: é uma adaptação a factores de mercado, factores económicos e factores tecnológicos.

Este travão na electrificação, com novas propostas a gasolina e gasóleo, está muito relacionado com as alterações nas metas de emissões de poluentes. As metas ambientais vão mudando, a incerteza nas política e nas regras são essenciais para esta “inversão de marcha”.

Mas há outros motivos fortes para esta alteração.

A procura tem estado abaixo do esperado. Os condutores preocupam-se com o custo, com a autonomia da bateria e com a infraestrutura suficiente em muitas zonas, em diversos países.

Há escassez de matérias-primas críticas para baterias (como lítio e níquel), instabilidade na circulação de materiais e custos logísticos muito altos – que originam problemas na cadeia de fornecimento.

As marcas mudaram a estratégia também porque repararam que as margens de lucro estão muito abaixo do esperado, comparando com os carros movidos a gasolina ou gasóleo. Há modelos até com saldo negativo. Além da perda de competitividade para a China.

Assim, as grandes empresas do ramo automóvel fabricam agora mais híbridos plug-in, eléctricos mais acessíveis, mais comerciais eléctricos, fazem uma maior aposta nos combustíveis sintéticos; e sempre a “piscar o olho” ao hidrogénio ou aos biocombustíveis.

ZAP //

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