Portugal deve atingir o pico de novos casos de infeção por covid-19 nesta segunda vaga da pandemia já na próxima semana, entre 25 a 30 de novembro, estimou esta quinta-feira Manuel Carmo Gomes, professor de Epidemiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).
Manuel Carmo Gomes, um dos peritos que tem sido ouvido pelo Governo no combate à pandemia, falava esta quinta-feira no Infarmed, em Lisboa, num encontro sobre a a evolução da convid-19 em Portugal, que junta políticos, especialistas e parceiros sociais.
Neste pico, estimou, Portugal deverá chegar aos 7 mil casos diários.
O especialista estima ainda que Portugal atinja o pico de óbitos relacionados com a covid-19 na segunda semana de dezembro, com cerca de 95 a 100 óbitos diários.
“Não podemos baixar a guarda de maneira nenhuma. Em qualquer oportunidade o R [índice de transmissão da doença] volta a subir”, avisa ainda o especialista, aconselhando o país a “manter o R baixo e ir acompanhando a incidência” de novos casos.
Na mesma sessão, falou já também Óscar Felgueiras, especialista da Faculdade de Ciência da Universidade do Porto, que observou que a região Norte – a mais fustigada nesta segunda vaga -está a registar um abrandamento do crescimento da pandemia de covid-19, mas a incidência ainda é quase sete vezes superior à registada em abril.
“Temos neste momento uma situação em que em geral está a haver abrandamento de crescimento” no Norte do país, a zona onde há mais casos de infeção. Segundo o especialista, mesmo onde a pandemia está a crescer, em geral, há abrandamento e, eventualmente, onde está a descer a tendência é de descida em muitas regiões.
Ao acompanhar a média diária de casos numa janela a sete dias e numa janela de casos a 14 dias, observa-se que tem havido um crescimento grande.
“Estamos neste momento com uma incidência que é quase sete vezes superior à registada em abril no momento mais alto da pandemia e recentemente a tendência foi de haver um certo abrandamento”, sublinhou Óscar Felgueiras.
À semelhança do que acontece no país, as faixas etárias com maior incidência são as da população ativa dos 20 aos 49 anos, seguida dos idosos acima dos 80 anos, bem como dos 70 aos 79 anos. “Mesmo no caso dos idosos, a incidência atual é mais do dobro do que aquela que foi atingida no pico de abril”, salientou.
Na mesma intervenção, Óscar Felgueiras conclui que é necessário “passar um mês e meio entre o momento em que as medidas são tomadas e o regresso da situação à incidência de partida” e dá o exemplo da região do Vale do Tejo, onde no início de outubro eram registados cerca de 1922 casos diários e agora, depois de terem sido decretadas medidas para travar a propagação, existem mais de 3.000.
“São precisas mais duas ou três semanas”, remata.
Portugal contabiliza pelo menos 3.632 mortos associados à covid-19 em 236.015 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
Então tá né!
A procissão ainda vai no adro, infelizmente.
Esses “especialistas” não são mais que relações públicas a trabalhar para esconder a verdade.
O Inverno “ainda” está a chegar.
E os ”Especialistas” são estes dois? se forem estamos mal pois eles,não sabem de nada.
O piço da infeção ainda não será na próxima semana mas sim na 3ª semana de dezembro. Qualquer pessoa que perceba um pouco de matemática chega lá. E tudo isto acreditando que não há quaisquer alterações profundas à trajetória que vimos evoluir nos últimos tempos.