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“O tempo das autoestradas terminou”, diz Pedro Nuno Santos

José Coelho / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa e o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas defendeu esta quinta-feira, durante a apresentação do Programa Nacional de Investimentos 2030, que a aposta dos “sucessivos” governos na rodovia reflete-se na condição atual da rede ferroviária.

“Não temos um grande histórico em termos de ferrovia. Sucessivos governos fizeram uma aposta na rodovia […]. Isto reflete-se na condição da nossa rede ferroviária atual. [Esta opção] é ainda mais estranha se considerarmos as mais-valias que a ferrovia pode dar”, afirmou Pedro Nuno Santos, em Lisboa.

O governante lembrou ainda que um dos principais objetivos do programa passa por garantir a continuidade dos investimentos além da atual legislatura e que, para isso, é necessário um grande consenso.

Para o ministro das Infraestruturas, o facto de o plano ter sido elaborado nestes moldes dá “garantias de que os problemas do passado deixem de existir”, nomeadamente, as paragens nos investimentos iniciados por anteriores governantes.

Durante a sua intervenção, Pedro Nuno Santos notou que as principais áreas de intervenção do PNI 2030 são os transportes e a mobilidade, ambiente, energia e regadio, dando resposta aos maiores desafios do planeta e, em particular, de Portugal, nomeadamente, as alterações climáticas e a transição energética.

Já no que se refere à ferrovia, de acordo com Pedro Nuno Santos, as metas do programa centram-se na substituição e aumento do material circulante, aumento da capacidade nas áreas metropolitanas, a criação de uma nova linha Porto-Vigo (Espanha) com duração de uma hora, bem como a eletrificação da rede até 2030. Por sua vez, no que concerne à rodovia, o ministro das infraestruturas destacou um “grande investimento” no interior, que classificou como justo, destacando as ligações ás áreas empresariais.

Pedro Nuno Santos disse mesmo que “o tempo das autoestradas terminou” em Portugal, frisando que a importância da ferrovia num país como Portugal é ainda maior.

O transporte marítimo-portuárias, por seu turno, terá, até 2030, uma melhoria nos acessos, uma via navegável no Douro, bem como novos terminais a e expansão dos existentes, de acordo com o governante.

ZAP // Lusa

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