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Da Escócia à Grécia, Kleon pedalou durante 48 dias para regressar a casa

(dr) Kleon Papadimitriou

Um jovem grego, “preso” na Escócia devido ao cancelamento dos voos por causa da pandemia de covid-19, decidiu pedalar durante 48 dias consecutivos para conseguir regressar a casa.

De acordo com a CNN, Kleon Papadimitriou, de 20 anos, estuda na Universidade de Aberdeen, na Escócia, e, para não faltar às aulas, decidiu prolongar ao máximo a sua estadia no país, mesmo com a chegada do novo coronavírus à Europa.

Em finais de março, quando a maioria dos seus colegas já tinha deixado a cidade, o jovem tentou marcar um voo para regressar à Grécia. Dos três ingressos comprados, não houve nenhum que não tivesse sido cancelado.

“Preso” na Escócia, foi então que Papadimitriou teve uma ideia: ir de bicicleta até casa. Inicialmente, o jovem disse que tudo não passava de um “sonho”, mas foi quando começou a comprar todo o equipamento necessário para a viagem e a contar aos seus amigos que percebeu que ia mesmo embarcar nesta aventura.

Quando deu a novidade aos pais, conta a estação televisiva, o grego diz que estes concordaram, até porque pensavam que esta seria uma ideia da qual iria desistir facilmente. E o pai colocou-lhe uma única condição: que ambos instalassem uma app que permitisse à família saber do seu paradeiro.

A 10 de maio, apetrechado com uma nova bicicleta, um saco-cama, uma tenda e alguma comida – nomeadamente pão, manteiga de amendoim e sardinhas em lata –, Papadimitriou começou a sua jornada.

Em declarações à CNN, o jovem explicou que pedalou entre 55 a 120 quilómetros todos os dias. O estudante atravessou Inglaterra, passando depois pela Holanda e Alemanha. Seguiu-se Áustria e Itália, onde apanhou um barco para o porto grego de Patras. Já em território nacional, voltou a fazer-se à estrada até ao seu bairro em Atenas. Quase 50 dias depois, a 27 de junho, chegou, finalmente, a casa.

“Só agora começo a perceber o feito que foi. Aprendi várias coisas sobre mim mesmo, os meus limites, as minhas forças e as minhas fraquezas. Espero que esta viagem tenha inspirado pelo menos mais uma pessoa a sair da sua zona de conforto e a tentar algo novo, algo em grande”, afirmou.

ZAP //

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