Depois da decisão do Governo, foram vários os festivais de verão que comunicaram o seu reagendamento para 2021. Outros preferem “aguardar pela decisão definitiva da Assembleia da República”.
Esta quinta-feira, depois do Conselho de Ministros, o Governo anunciou que os festivais de verão estão proibidos “até 30 de setembro de 2020″.
“Impõe-se a proibição de realização de festivais de música, até 30 de setembro de 2020, e a adoção de um regime de caráter excecional dirigido aos festivais de música que não se possam realizar no lugar, dia ou hora agendados, em virtude da pandemia”, adiantou o Executivo em comunicado.
Na mesma nota, o Governo esclarece que todas as pessoas que compraram bilhetes para espetáculos, que estavam agendados para entre 28 de fevereiro e 30 de setembro, terão de receber “um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago”.
NOS Primavera Sound
Perante esta decisão do Governo, foram muitos os festivais conhecidos do grande público que começaram a divulgar as suas decisões. O NOS Primavera Sound, que inicialmente tinha adiado o evento para os dias 3, 4 e 5 de setembro, anunciou a sua intenção de adiar a edição deste ano para junho de 2021.
“A ideia é ser em junho do próximo ano, no segundo fim-de-semana. Muito em breve vamos anunciar o cartaz do próximo ano. Grande parte dos artistas vai marcar presença em 2021, incluindo cabeças de cartaz, e provavelmente até vamos reforçar o cartaz com nomes que em junho não poderiam estar disponíveis e para o ano poderão estar”, disse à Rádio Observador José Barreiro, organizador deste festival portuense.
Vodafone Paredes de Coura
O Vodafone Paredes de Coura também já adiantou, em comunicado, que a “vigésima oitava edição acontecerá em 2021”, acrescentando que, “logo que a Assembleia da República transforme em lei a decisão do Governo, serão partilhadas mais informações”.
À agência Lusa, o diretor do festival, João Carvalho, admitiu que tem vontade de fazer um evento no inverno, , caso se verifiquem as condições de segurança definidas pelas autoridades de saúde.
O objetivo, explicou, é comemorar o festival, mas também ajudar o comércio, os artistas e todas as estruturas que dependem financeiramente do festival.
MEO Marés Vivas
“Após conversas e reuniões com o Governo, fomos entendendo que este era um assunto sem volta para 2020. Assim, a 14.ª edição do MEO Marés Vivas será adiada para o ano de 2021, de 16 a 18 de julho”, lê-se no comunicado divulgado pela organização.
A organização do festival nortenho indica ainda que os bilhetes para a edição de 2021 vão “manter os mesmos valores” e que “darão informações sobre a troca de bilhetes nos próximos dias”. O cartaz vai ser anunciado “a partir da próxima semana”.
EDP Vilar de Mouros
A organização do EDP Vilar de Mouros, em Caminha, disse estar a trabalhar para que o cartaz da edição de 2020 se mantenha em 2021.
“Estamos a trabalhar para assegurar o melhor cartaz possível, tanto os artistas que já anunciámos, como artistas que já tínhamos ‘fechado’ e que ainda não tínhamos anunciado. Estamos a tentar com as agências e com os agentes que o cartaz se mantenha em 2021″, afirmou à Lusa Diogo Marques, da organização do festival.
Rock in Rio Lisboa
O Rock in Rio foi o primeiro dos grandes festivais de verão a ser cancelado. No início de abril, a vice-presidente do festival, Roberta Medina, declarou que, na sequência da pandemia, foi tomada a decisão “de alterar as datas da 9.ª edição para os dias 19, 20, 26 e 27 de junho de 2021”.
A responsável adiantou, na altura, que os bilhetes já adquiridos para esta edição, que deveria acontecer a 20, 21, 27 e 28 de junho deste ano, “manter-se-ão válidos para as novas datas, ficando os dias em aberto até confirmação do cartaz”.
NOS Alive, SBSR e MEO Sudoeste vão “aguardar”
A Everything is New, produtora que organiza o NOS Alive, anunciou, em comunicado, que vai “aguardar a decisão definitiva da Assembleia da República para anunciar o modo de concretização desta decisão do Governo”.
Também o Super Bock Super Rock anunciou nas suas redes sociais que irá dar “novas informações muito em breve”, tendo decidido “aguardar a decisão definitiva da Assembleia da República para comunicar as medidas resultantes dessa decisão”.
À semelhança destes dois festivais, o MEO Sudoeste partilhou uma imagem com a mesma informação, assegurando que a organização vai “seguir rigorosamente as medidas em nome da segurança e bem estar de todos os envolvidos”.
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