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Governo admite não ter comboios para reforçar oferta (e apela ao uso de máscara)

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José Coelho / Lusa

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, admitiu, esta segunda-feira, “dificuldades” no acesso aos meios de transporte público nestes primeiros dias após o fim do estado de emergência e apelou ao uso de máscaras.

O ministro das Infraestruturas apelou ao uso de máscara, obrigatória nos transportes públicos a partir desta segunda-feira, reconhecendo que, nalguns casos, é muito difícil cumprir a lotação definida para este período de desconfinamento por causa da covid-19.

“É fundamental para proteger-nos a nós e aos outros. É fundamental que todos as usem [máscaras] e temos de ser todos responsáveis para connosco e com os outros”, disse Pedro Nuno Santos, que falava à saída de uma visita à Central de Segurança da Infraestruturas de Portugal, em Santa Apolónia, Lisboa.

O ministro referiu que, nalguns comboios das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, o controlo da lotação “é muito difícil”, justificando a dificuldade em “meter mais comboios, porque a capacidade da infraestrutura nas horas de ponta está cheia”.

“Nos comboios suburbanos o controlo da lotação é mais difícil, ela tem de ser cumprida, mas é difícil. Há uma dimensão de responsabilidade individual que queremos que as pessoas incorporem e percebam que depende de si também garantir que o comboio não está sobrelotado, que não entram num comboio já muito cheio e que usam sempre a máscara, não só dentro do comboio, mas dentro da estação também”, disse.

O governante explicou que esta segunda-feira, o primeiro dia do plano definido pelo Governo para reabertura progressiva dos serviços e comércio, na “pequena amostra” que viu na central de segurança, que tem ligação a cerca de 3.000 câmaras de segurança instaladas em estações de comboios de todo o país, “ainda não há enchentes e os comboios estão com uma boa lotação” para permitir a distância de segurança recomendada pelas autoridades.

Foi reposta a 100% toda a oferta e colocámos sinalização em todas as estações. Pudemos constatar que não temos ainda grandes enchentes aos comboios, que estão com uma boa lotação, o que permite o distanciamento, e a esmagadora maioria [das pessoas] está a usar máscara”, explicou.

Pedro Nuno Santos disse também que as forças segurança estão em várias estações para alertar e recomendar o uso de máscara e acrescentou que “nos próximos dias a pressão sobre os transportes públicos, e os comboios em particular, pode aumentar e as forças segurança farão cumprir a lei”, lembrando que “a não utilização de máscaras implica uma coima elevada”.

O ministro reconheceu que há dificuldades em reforçar a oferta de comboios nalgumas linhas, dando como exemplo as de Sintra e de Cascais, explicado: “São linhas muito frequentadas em tempos normais e com lotações muito elevadas. É muito difícil conseguirmos meter mais comboios, não só porque não os temos, mas porque a capacidade da infraestrutura não consegue, pois o canal nas horas de ponta está cheio”. “Vamos ter de lidar com esta dificuldade”, acrescentou.

Apelou, por isso, à responsabilidade de cada utilizador para evitar entrar em comboios já cheios, ajudando a cumprir a lotação máxima de dois terços definida pelas autoridades para o período de reabertura condicionada de parte do comércio e serviços públicos que hoje começou, com algumas regras novas como o uso de máscaras obrigatório nalgumas situações.

A legislação aprovada pelo Governo prevê coimas entre 120 e 350 euros para quem não respeitar o uso de máscaras nos transportes públicos.

As máscaras ou viseiras também passam a ser obrigatórias nos serviços de atendimento ao público e nos estabelecimentos comerciais.

 

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Espero que com o uso de máscara se torne proibido fumar na estação. E que mantenham a proibição no “pós-corona”, tal como já acontece em muitos países da Europa.

  2. Hoje, o ministro estava sem máscara numa estação. O primeiro nunca usa máscara e foi ao mercado com uma luvinha com a qual mexia nos produtos e coçava o nariz. Enfim…

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