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Petição encabeçada por Manuel Alegre defende celebração do 25 de Abril no parlamento

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Mário Cruz / Lusa

Mais de 8.000 pessoas já assinaram uma petição online que defende a celebração do 25 de Abril no parlamento e que tem como primeiro subscritor o histórico socialista Manuel Alegre, entre outras figuras de esquerda.

“A democracia não está nem pode ser suspensa. Saudamos a homenagem que o povo e o Parlamento prestam ao 25 de Abril”, refere o texto de lançamento da petição, que pelas 08:30 de hoje contava com 8.445 assinaturas.

Além de Manuel Alegre, são apresentados como primeiros subscritores da petição Domingos Abrantes, militante do PCP e conselheiro de Estado, os antigos deputados socialistas Alberto Martins e José Vera Jardim, o fundador do BE Fernando Rosas e a eurodeputada deste partido Marisa Matias e a professora catedrática e ensaísta Isabel Alegro de Magalhães.

Esta petição surge dias depois de ter sido lançada uma outra em sentido contrário, pedindo o cancelamento das comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, e que conta já com mais de 65.000 assinaturas.

Em declarações ao jornal Público no sábado à noite, o histórico socialista Manuel Alegre justifica a criação da petição por considerar que “algumas pessoas estão a fazer um aproveitamento político da decisão do parlamento de mau gosto e hipócrita. No fundo não querem que se celebre o 25 de Abril“, referiu.

No sábado, também em declarações ao jornal Público, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, assegurou que, “mais do que em qualquer outro momento, o 25 de Abril tem de ser e vai ser celebrado” no parlamento. Celebrar o 25 de Abril é dizer que “não sairá desta crise qualquer alternativa antidemocrática“, afirmou a segunda figura do Estado.

No sábado, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, anunciou que não irá à sessão solene do 25 de Abril no parlamento por a considerar “um péssimo exemplo para os portugueses”, devido às restrições impostas à população pela pandemia de covid-19.

Também no sábado o deputado único do Chega, André Ventura, escreveu ao presidente do parlamento, pedindo a Ferro Rodrigues que, em articulação com o Presidente da República, cancele a sessão solene comemorativa do 25 de Abril, dizendo que esta “está a gerar um enorme sentimento de revolta e indignação no povo português”.

Já a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, em declarações à Lusa, defendeu no sábado a importância reforçada de assinalar o 25 de Abril no parlamento em período de emergência, considerando que as críticas feitas têm uma motivação “ideológica” e não de defesa da saúde pública.

Devido às restrições impostas pela pandemia, a Assembleia da República decidiu na quarta-feira realizar a sessão solene do 25 de Abril no parlamento com um terço dos deputados (77 dos 230 parlamentares) e menos convidados, com o gabinete de Ferro Rodrigues a estimar que estejam presentes cerca de 130 pessoas, contra as 700 do ano passado.

A decisão da conferência de líderes teve o apoio da maioria dos partidos: PS, PSD, BE, PCP e Verdes. O PAN defendeu o recurso à videoconferência, a Iniciativa Liberal apenas um deputado por partido, enquanto o CDS-PP – que propôs uma mensagem do Presidente da República ao país – e o Chega foram contra.

Na sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reafirmou que irá participar na sessão comemorativa do 25 de Abril no parlamento, “com um número exíguo de deputados”, e do 10 de Junho, numa “cerimónia simbólica” junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

O Presidente da República participará nas cerimónias do 25 de Abril e do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, tal como já tem referido publicamente. No 25 de Abril, nos termos definidos pela Assembleia da República, aliás com um número exíguo de deputados e meramente simbólico de convidados”, salientou o chefe de Estado, numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet.

// Lusa

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26 Comments

    • o povo não pode comemorar o aniversário dos filhos – não pode acompanhar os pais na morte – não pode celebrar a páscoa em familia – mas as elites xuxas e comunas querem estar acima da lei e fazer os disparates que lhes apetecer …. pouca vergonha e falta de respeito pelos trabalhadores que sofrem

      • E não tens vergonha de comentar sem saberes em que consistem as comemorações, fazendo cenas como o tontinho do Manuel Alegre??!

      • Aplaudo o seu comentário e acrescento que só o ‘poeta Alegre’ quer festanças porque com o 25 do A.,passou a receber 3 reformas que sai dos nossos impostos e vão umas centenas de milhar direitinha para as contas bancárias dele. Eu também gostava de ser poeta e político deste país, pois são os únicos que levam uma rica vida por conta dos contribuintes.
        UMA VERGONHA DESCARADA! Espero que o Covid os rodeiem.

      • Concordo classe sem escrupulos, nao os vejo com bons olhos mas sim como vivendo a custa de nós todos. Quantos já ofereceram material médico? E quantos já reduziram os seus ordenados nesta situaçao?

    • Concordo 100 por cento estes deputados sao um bom exemplo fartam-se de oferecer mascaras ventiladores é uma fartura e tambem reduziram ordenados.

  1. É triste. O que verdadeiramente interessa é o que permanece dentro de nós; não o folclore das comemorações. Quando estas últimas são necessárias, mal vai a coisa…

  2. Deviam era ter feito uma petição para exigir de imediato a anulação das infundadas medidas de estado de emergência, cordão sanitário, isolamento social, distanciamento social, e quarentena, impostas aos cidadãos Portugueses pela presidência da República e o governo, com a conivência dos partidos que estão na Assembleia da República (AR).

  3. Viva o 25 de Abril, viva a Democracia, viva a Liberdade! Fascismo nunca mais! Um marco tão simbólico para a vida de uma nação não pode ser comparado a nenhuma banalidade qualquer. Celebrar o 25 de Abril, sim. Não voltaremos ao tempo dos estropiados da guerra colonial, das prisões e torturas por delito de opinião nem à ditadura do Estado Novo, nem que venha o novo Partido Chega do CDS. quem não se sente bem com o 25 de Abril pode muito bem emigrar para a Coreia do Norte.

    • Nao concordo em nada, veja-se quantos foram os deputados que reduziram ordenados; quantos ofereceram ventiladores mascaras etc. Se houver algum infectado sem sintomas e que infecte alguem na assembleia?
      Atitude prepotente e sem cabimennto hoje

    • Dado que o FALEI não falou no aspeto da saúde pública E DISSE: – “Um marco tão simbólico para a vida de uma nação não pode ser comparado a nenhuma banalidade qualquer”, pergunto o que será, para si e para quem de direito, a Independência Nacional? É que o 1º de dezembro não é igualmente comemorado…

      • Concordo inteiramente que se deva festejar o dia 1.º de Dezembro como o dia em que Portugal restaurou a sua independência, até porque em muitos países esta data corresponde ao Dia Nacional. É certo que esta não é a data da fundação do Condado Portucalense, mas é uma referência muito importante.

    • Cala a boca, assim não arrotas postas de pescada podres!!!! Dia da Liberdade foi 25 de Novembro. O tal dia de abril, não passa do dia da Cleptocracia e Parasitagem. Os factos e a história não desmentem…. Claro, devias ter sido um dos “premiados” ou filho desses….. ou desertor?!!!!!! Mas opto por seres da nova geração zumbie!!!!!

  4. Oh Manel… já vai sendo tempo de criares juízo e deixares de comemorações, do dia da “Cleptocracia” e “Carrapatocracia ou Parasitocracia” da nação!… o Dia da Liberdade foi sem dúvida o 25 de Novembro, com a expulsão dos amigos estalinistas, marxistas, nazistas e oportunistas equiparados!!!. Oh Manel, nós vivemos isso tudo… chega…. O tempo da Argélia acabou, assenta os pé na Tugalândia…. Lá que metam essas “coisadas” nas cabeças dos “zumbies”, está bem, são zeros, mas não em pessoas que trabalham para este país… Basta de criarmos jumentos inúteis, com mentiras… CHEGA… de basta!!!!!!

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