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Mais 1.035 casos de covid-19 em Portugal. Cerco sanitário no Porto rejeitado

Tiago Petinga / Pool / Lusa

A Direção-Geral da Saúde (DGS) dá conta de 7.443 pessoas infetadas com covid-19 até às 11h desta terça-feira, um aumento de 1.035. O número de vítimas mortais subiu para 160.

De acordo com o novo boletim epidemiológico, há 7.443 pessoas infetadas com covid-19 em Portugal, um aumento de 1.035 (16%). É a maior subida em termos absolutos, mas não em termos percentuais.

Há 627 pessoas internadas, entre as quais 188 nos cuidados intensivos – mais 24 pessoas. Há 4.610 casos a aguardar resultados laboratoriais e 19.260 pessoas em vigilância.

O Norte voltou a ser a região com maior aumento de casos em termos brutos, 651 (17%), muito idêntica à do Centro, 127 (16%) e à de Lisboa e Vale do Tejo, 222 (14%). No entanto, a maior subida veio do Algarve, com mais 21 casos (18%), não se confirmando os números inflacionados no Alentejo, que cresceram 11% (5 casos). Os Açores voltam a ter mais sete casos (48) e a Madeira regista mais três casos (46).

A informação sobre estrangeiros infetados deixou de constar do Boletim.

O número total de mortes subiu para 160, mais 20 em comparação a segunda-feira. Dessas, 135 deram-se em pessoas com mais de 70 anos, o que representa 84% do total. Aliás, 19 dos 20 óbitos no país nas últimas 24 horas registaram-se em pessoas acima dos 70 anos. Continua assim a existir apenas os casos de duas mulheres abaixo dos 50 anos entre as vítimas com menos idade.

O Norte voltou a ser a região com mais mortes (9 num total de 83), seguido do Centro (mais 6 num total de 40), Lisboa (mais 5 num total de 35) e Algarve (mantém 2).

Esta terça-feira, soube-se que o jovem de 14 anos de Ovar que faleceu este domingo em Santa Maria da Feira não sucumbiu à covid-19, mas sim a meningite.

O número de recuperados mantém-se nas 43 pessoas, valor que não sofreu qualquer alteração nos últimos seis boletins. Em conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, reconheceu que o número de recuperados tem “alterado pouco”.

“A maior parte dos doentes trata-se no domicílio o que pode originar um hiato na recuperação. Os doentes ficam assintomáticos antes da cura, mas demoram mais tempo até os dois testes darem negativo”.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, estão a ser realizados em Portugal cerca de “sete mil testes por dia”. “Até agora estávamos a fazer cerca de 5.600 testes diários, entretanto passámos para sete mil.” A tendência é para “haver um reforço ainda maior da capacidade de testagem”.

O secretário de Estado da Saúde anunciou que, na noite desta terça-feira, “chega ao Porto 3.5 milhões de máscaras, 300 mil toucas, 100 mil batas, entre outros equipamentos”. António Sales insistiu que o objetivo é continuar “este trabalho de testar, isolar e proteger”. “Não podemos baixar os braços”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de um cerco sanitário no Porto, o secretário de Estado da Saúde considerou “neste momento não faz sentido colocar essa situação”. António Sales esclareceu que a Diretora-Geral da Saúde referia-se “a situações de uma forma generalista, relativamente à ponderação de cercas sanitárias, não se referindo especificamente ao Porto”.

Depois de admitir a dupla contagem de casos no Porto, o boletim da DGS corrige uma série de números relativamente ao número de infetados por município. Esta terça-feira, de acordo com o boletim, o Porto tem 462 casos. Na segunda-feira, tinha 941, mais do dobro. No domingo, o número era de 417.

Também Lisboa tem um decréscimo: domingo, havia 594 casos na capital, segunda-feira 633 e esta terça-feira 505.

António Sales garante haver total confiança na DGS e explica que eventuais contradições acontecem por causa da “porporcionalidade e evolução do surto”.

ZAP //

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